A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) realizou nesta quinta-feira (13) mais uma edição do encontro do Grupo de Inteligência de Mercado. O objetivo do encontro é fornecer dados necessários para ajudar as empresas associadas na tomada de decisões no curto e médio prazos, a partir das consequências das enchentes.
Foto: Vinícius Mosmann
O doutor em Economia e consultor setorial Marcos Lélis explicou o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul e projetou o comportamento da economia para 2024.
Durante a explanação, ele citou perda no PIB de algumas cidades da região que foram diretamente impactadas com as cheias. Em Canoas, a perda está estimada em 20% e, por ser das maiores cidades do Estado, deve ter um impacto relevante no varejo de calçados.
Outras cidades importantes, como São Leopoldo e São Sebastião do Caí, devem registrar quedas de 18% e 16%, respectivamente, nos seus PIBs no quinto mês do ano, conforme o economista.
“Até agosto, os municípios atingidos devem registrar dificuldades importantes na sua retomada econômica” disse. Segundo Lélis, no Estado, a queda do PIB deve ficar em torno de 4% até agosto, frustrando a expectativa de crescimento que havia em função da supersafra agrícola.
“Nos últimos três anos, o Rio Grande do Sul já vinha crescendo, em geral, menos do que o Brasil. Com as enchentes, essa desigualdade irá aumentar”, acrescentou.
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