Sabe aquela expressão “amigos, amigos, negócios à parte”? Ela tem relação com a realidade de muitos brasileiros, que acabam se endividando após emprestar recursos financeiros para que um amigo possa fazer compras.
VEJA TAMBÉM: INSPIRAMAIS: Tendências da moda e IA fazem parte do salão de design que inicia na próxima semana
LEIA AINDA: Miguel Falabella faz palestra sobre felicidade em Novo Hamburgo; confira atrações dos 75 anos do Sindilojas
Com a aproximação do Dia do Amigo, celebrado no próximo sábado (20), a Serasa divulgou na tarde desta quinta-feira (18) uma pesquisa sobre o tema que revelou que 30% dos brasileiros já emprestaram o nome ou o cartão para outra pessoa.
Os dados ainda mostram que esse é o terceiro principal motivo de endividamento dos consumidores (25%), atrás apenas de redução de renda (27%) e desemprego (33%).
“Normalmente, quem pede para fazer uma compra no nome de outra pessoa já teve alguma dificuldade financeira, podendo estar negativado ou com o score baixo e, por isso, precisa de um CPF que tenha mais chances de conseguir crédito“, observa Thiago Ramos, gerente da Serasa.
“Mesmo sendo seu amigo, a possibilidade do não pagamento é real. Por conta disso, os riscos devem ser muito bem avaliados e pode haver consequências não só financeiras, jurídicas. Vale lembrar que é possível auxiliar de outras formas, oferecendo ajuda para organizar as contas, incentivando a busca por uma renda extra ou sendo cliente de seus serviços, se este for o caso”.”, completa.
ACOMPANHE: Claudio Bier assume presidência do Sistema Fiergs nesta quinta; veja todos membros da nova gestão
Três motivos para não misturar amizade e finanças:
1.Emprestar o nome é considerado fraude
Não é só uma questão de potencial prejuízo financeiro, emprestar o nome pode ser considerado uma fraude, dependendo da forma como acontece. Se alguém fizer compras com o cartão de crédito de outra pessoa ou apresentar documentos de terceiros, por exemplo, isso pode ser considerado crime de falsidade ideológica.
2.As consequências financeiras podem recair sobre a pessoa que emprestou o nome
Se a pessoa que pediu para usar o nome e CPF de alguém não pagar pelo parcelamento ou empréstimo, valerá o que está escrito. Quem emprestou o documento terá que pagar a conta com juros e multa, se não quiser ficar com o nome negativado.
Uma dívida não honrada pode levar a várias consequências, como aplicação de juros e multa sobre o valor inicial, negativação do nome, redução dos pontos do Serasa Score, tornando mais difícil conseguir crédito, e possibilidade de cobrança pelo credor.
3.A relação pessoal pode ser prejudicada
A expressão “amigos, amigos, negócios à parte” resume bem a melhor postura a ser adotada nestes casos, podendo ser aplicada para familiares também. Dificilmente, a relação continuará a mesma após um amigo não pagar a conta em dia.
LEIA TAMBÉM