SÃO LEOPOLDO
"Empresas vão precisar de ajuda", diz entidade sobre espaços atingidos pela enchente
Diagnóstico detalhado e viabilização de medidas estão entre as ações de secretário que reassumiu a pasta do Desenvolvimento Econômico na cidade
Última atualização: 28/05/2024 17:56
Para dar resposta às demandas crescentes do desenvolvimento econômico de São Leopoldo, duramente afetado pela maior enchente da história, Juliano Maciel reassumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec), nesta segunda-feira (27), após convite feito pelo prefeito Ary Vanazzi para retornar ao posto, com sua experiência como titular da pasta de 2021 a 2024.
Uma estimativa inicial aponta que 8 mil empresas foram atingidas pela catástrofe climática em São Leopoldo.
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Segundo o secretário, que havia deixado a pasta para cumprir o calendário eleitoral, será feito o diagnóstico mais detalhado de quantos CNPJs foram afetados e organizando o recebimento das necessidades mais urgentes de cada segmento do setor econômico do Município. "Em seguida, vamos fazer a intermediação junto ao governo federal e estadual para a viabilização de medidas que possibilitem a manutenção das atividades", diz o secretário.
O presidente do Sindimetal RS, Sergio de Bortoli Galera, diz que até mesmo para fazer um levantamento de quantas empresas foram afetadas no setor metalmecânico está havendo dificuldade. "Tem muitas empresas ainda alagadas e que não conseguiram dar um retorno, mas em torno de 80 já responderam, muitas estão ou foram completamente alagadas, outras de forma parcial, e outras ainda ficam ilhadas, não podendo chegar e sair mercadorias. Também tivemos 2,8 mil trabalhadores que foram diretamente atingidos, que tiveram suas casas alagadas."
Demanda
O dirigente do Sindimetal lembra que inicialmente se solicitou ao governo a prorrogação dos impostos. "Isso ajuda num primeiro momento, mas é uma conta que depois precisa ser paga." Também se solicitou que o governo publique a lei 14.437, utilizada na pandemia, que flexibiliza regras trabalhistas em caso de calamidade pública, como antecipação de férias e feriados. Também cita a Lei do Bem, benefício emergencial que permite, entre outros, suspensão do contrato, redução de salário e jornada de trabalho, e complementação do salário pelo governo federal. "Muitas empresas vão precisar disso. Vamos ter ainda muitos problemas com esta enchente, pois vão demorar para retornar a funcionar", afirma Galera.
"As empresas vão ter um custo grande para a manutenção. Muita coisa vão tentar resolver sozinhas, mas com recursos próprios não vão poder solucionar tudo. Vão precisar de ajuda."