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PACTO CALÇADISTA

Empresários da região vão aos EUA iniciar negociações para aumentar exportações do calçado; veja detalhes

Líderes do cluster calçadista dos vales do Sinos e Paranhana embarcam no sábado e pretendem ampliar parcerias e vendas no mercado norte-americano

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 12/07/2024 às 11h:57 Última atualização: 12/07/2024 às 15h:47
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O movimento de empresários que pretende tornar o cluster calçadista do Rio Grande do Sul referência mundial em inovação, criatividade e sustentabilidade até 2028 teve novos avanços. Com o apoio de entidades e empresas, um grupo de líderes do Pacto Calçadista embarca neste sábado (13) rumo aos Estados Unidos para iniciar negociações para alavancar as exportações dos pares brasileiros.

New York Stock Exchange, local onde ocorre o principal evento da agenda do Pacto Calçadista | abc+



New York Stock Exchange, local onde ocorre o principal evento da agenda do Pacto Calçadista

Foto: Divulgação

Entre os compromissos está a participação na FDRA Shoe Sourcing Executive Summit, na New York Stock Exchange, em Nova York, na próxima terça-feira (16). O evento é promovido pela Footwear Distributors and Retailers of America – FDRA (Associação de Distribuidores e Varejistas de Calçados da América).

Em junho, o Pacto Calçadista tornou-se membro da FDRA, em uma parceria com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/EV/CB/DI)

“Os benefícios da adesão à FDRA serão muitos, com destaque ao acesso direto a compradores, o que deve ampliar significativamente as oportunidades de vendas e parcerias comerciais, visibilidade no mercado americano, conhecimento de tendências e inovações e ainda networking e parcerias”, adianta o presidente do Conselho Estratégico do Pacto Calçadista, Marlos Schmidt, que representa também a indústria de máquinas para calçados.

A programação inclui reunião com a direção da FDRA, que será convidada a visitar o Rio Grande do Sul em breve, e com o embaixador brasileiro em Nova York, na quarta-feira (17).

Para o presidente da ACI, Robinson Klein, as informações a que os integrantes terão acesso são estratégicas para a definição e o desenvolvimento de ações que resultem em negócios com as empresas associadas à FDRA.

“Estas empresas buscam novas alianças com fornecedores globais para abastecer suas operações em todos os Estados Unidos“, ressalta Klein.

O passo que faltava

Conselheiro e membro do Pacto Calçadista, o designer Christian Thomas define o movimento como inovador e decisivo para o reposicionamento do calçado feito no sul do Brasil no mercado norte-americano.

“Essa iniciativa do Sebrae e entidades tem por finalidade recolocar o produto gaúcho na rota de comércio entre nossas fábricas e o mercado consumidor norte-americano, uma vez que os últimos tempos nos mostraram números muito inferiores aos outrora vivenciados pelo setor”, explica.

Ainda conforme o designer, a situação geopolítica mundial é um fator importante a ser avaliado e aproveitado pelas empresas calçadistas do Estado, pois o Brasil promove um ambiente estável em termos de convívio social interno e de relações exteriores.

“O Pacto é o passo que faltava para atingirmos, novamente, o degrau mais alto no mercado americano no que tange à oferta de produtos de moda, qualidade e sustentabilidade, social, econômica e ambiental”, destaca.

O Pacto Calçadista

A iniciativa foi apresentada oficialmente em dezembro de 2023, durante o Fórum LIDER que foi realizado pelo Sebrae | abc+



A iniciativa foi apresentada oficialmente em dezembro de 2023, durante o Fórum LIDER que foi realizado pelo Sebrae

Foto: JULIANA NUNES/GES-ESPECIAL

A meta do Pacto Calçadista pretende ser alcançada por meio do programa Liderança para Desenvolvimento Regional (Lider), do Sebrae, que é nacional, mas pela primeira vez no País foi segmentado. O cluster calçadista das regiões Vale do Sinos e Paranhana foi escolhido como projeto-piloto.

O pacto é dividido em 4 eixos: governança; pessoas, processos e produtos; comunicação do cluster e marketing e internacionalização. Segundo Schmidt, o eixo pessoas, processos e produtos trabalha em uma ação inovadora que deve ser lançada no segundo semestre.

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