O movimento de empresários que pretende tornar o cluster calçadista do Rio Grande do Sul referência mundial em inovação, criatividade e sustentabilidade até 2028 teve novos avanços. Com o apoio de entidades e empresas, um grupo de líderes do Pacto Calçadista embarca neste sábado (13) rumo aos Estados Unidos para iniciar negociações para alavancar as exportações dos pares brasileiros.
Entre os compromissos está a participação na FDRA Shoe Sourcing Executive Summit, na New York Stock Exchange, em Nova York, na próxima terça-feira (16). O evento é promovido pela Footwear Distributors and Retailers of America – FDRA (Associação de Distribuidores e Varejistas de Calçados da América).
Em junho, o Pacto Calçadista tornou-se membro da FDRA, em uma parceria com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/EV/CB/DI).
“Os benefícios da adesão à FDRA serão muitos, com destaque ao acesso direto a compradores, o que deve ampliar significativamente as oportunidades de vendas e parcerias comerciais, visibilidade no mercado americano, conhecimento de tendências e inovações e ainda networking e parcerias”, adianta o presidente do Conselho Estratégico do Pacto Calçadista, Marlos Schmidt, que representa também a indústria de máquinas para calçados.
A programação inclui reunião com a direção da FDRA, que será convidada a visitar o Rio Grande do Sul em breve, e com o embaixador brasileiro em Nova York, na quarta-feira (17).
Para o presidente da ACI, Robinson Klein, as informações a que os integrantes terão acesso são estratégicas para a definição e o desenvolvimento de ações que resultem em negócios com as empresas associadas à FDRA.
“Estas empresas buscam novas alianças com fornecedores globais para abastecer suas operações em todos os Estados Unidos“, ressalta Klein.
O passo que faltava
Conselheiro e membro do Pacto Calçadista, o designer Christian Thomas define o movimento como inovador e decisivo para o reposicionamento do calçado feito no sul do Brasil no mercado norte-americano.
“Essa iniciativa do Sebrae e entidades tem por finalidade recolocar o produto gaúcho na rota de comércio entre nossas fábricas e o mercado consumidor norte-americano, uma vez que os últimos tempos nos mostraram números muito inferiores aos outrora vivenciados pelo setor”, explica.
Ainda conforme o designer, a situação geopolítica mundial é um fator importante a ser avaliado e aproveitado pelas empresas calçadistas do Estado, pois o Brasil promove um ambiente estável em termos de convívio social interno e de relações exteriores.
“O Pacto é o passo que faltava para atingirmos, novamente, o degrau mais alto no mercado americano no que tange à oferta de produtos de moda, qualidade e sustentabilidade, social, econômica e ambiental”, destaca.
O Pacto Calçadista
A meta do Pacto Calçadista pretende ser alcançada por meio do programa Liderança para Desenvolvimento Regional (Lider), do Sebrae, que é nacional, mas pela primeira vez no País foi segmentado. O cluster calçadista das regiões Vale do Sinos e Paranhana foi escolhido como projeto-piloto.
LEIA TAMBÉM
O pacto é dividido em 4 eixos: governança; pessoas, processos e produtos; comunicação do cluster e marketing e internacionalização. Segundo Schmidt, o eixo pessoas, processos e produtos trabalha em uma ação inovadora que deve ser lançada no segundo semestre.