NEGÓCIOS

Empresa gaúcha com participação em obras de metrô, aeroporto e até acelerador de partículas entra em recuperação judicial

Processo tramita na 1ª Vara Regional Empresarial da Comarca de Porto Alegre; passivo chega a R$ 650 milhões

Publicado em: 03/04/2024 16:45
Última atualização: 03/04/2024 16:46

Uma empresa gaúcha com operação na América Latina, na Europa e na África e participação em obras nos aeroportos de Porto Alegre e Recife, no metrô de São Paulo, em projetos como WTorre Morumbi e Torre JK e, ainda, no Sirius Acelerador de Partículas acaba de entrar em recuperação judicial.


Empresa com unidades no RS e em SC e operação internacional tem passivo de R$ 650 milhões Foto: Divulgação

O pedido foi aceito pela 1ª Vara Regional Empresarial da Comarca de Porto Alegre, onde corre o processo.
O passivo da companhia supera os R 650 milhões.

Com 55 anos de história, a Medabil é referência em soluções construtivas. Tem unidades nas cidades gaúchas de Nova Bassano e Porto Alegre e, ainda, em Chapecó (SC), e emprega um total de 530 pessoas.

Segundo a empresa, a busca da reestruturação foi motivada por impactos como a paralisação de atividades e obras em virtude da pandemia, além do aumento de custos relacionados a contratos atrelados à taxa Selic, que teve alta expressiva nos últimos anos.

"O pedido de recuperação judicial representa uma etapa fundamental no processo de equacionamento econômico-financeiro do Grupo Medabil. Acreditamos que esse é o instrumento adequado para viabilizar uma solução global e definitiva para a readequação do fluxo de caixa, além da manutenção de sua normalidade operacional, e retomada da expansão de suas atividades", enfatiza o presidente Paulo Costa.

O advogado João Medeiros Fernandes Jr., sócio da MSC Advogados, que representa a Medabil, afirma que a empresa tem qualificado seus processos de gestão e já vinha trabalhando para renegociar as dívidas.

"Embora esse trabalho tenha surtido efeitos positivos, é um processo extremamente complexo. Assim, a Medabil busca a recuperação judicial para criar um ambiente propício à negociação com os credores e, principalmente, preservar sua atividade empresarial e geração de empregos", destaca.

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