TECNOLOGIA E NEGÓCIOS

Empresa da região desenvolve novo sistema que gerencia captação para doação de órgãos no RS

Parceria com Central de Transplantes do RS resultou em um sistema 100% digital; conheça outros projetos da empresa

Publicado em: 18/09/2024 14:46
Última atualização: 19/09/2024 10:29

A Paipe, de Novo Hamburgo, já realizou mais de 1,2 mil projetos na área da tecnologia para diferentes áreas e segmentos. Entre eles está o sistema de Gerenciamento de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Gedott), em uma parceria com a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul. O software, que foi lançado este mês, ajuda a integrar equipes e processos de doação de órgãos e tecidos em um sistema 100% digital.

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Empresa de Novo Hamburgo tem diversos projetos na área da saúde Foto: Divulgação/Paipe

"Esse projeto é um orgulho para a Paipe. Era um processo basicamente manual e este sistema torna mais eficaz a parte da captação de órgãos sem perder informações, avisando todos grupos de trabalho, integrando a logística e dando muita eficiência para que se tenha um processo ágil e seguro", destaca Rogério Nath Corrêa, diretor Comercial & Inovação da empresa hamburguense.


Sistema criado pela Paipe traz maior eficiência na captação de tecidos e órgãos pra transplantados Foto: Divulgação

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A participação em projetos de órgãos públicos teve início há cerca de dois anos, conforme Corrêa. "Éramos uma empresa que atendia apenas o setor privado, mas a gente entendeu que os órgãos públicos estavam olhando para a transformação digital, para a modernização de seus processos. Governos municipal, estadual e federal estão implementando estes programas e investindo nisso. Começamos então a participar de licitações e a ganhar muitos destes projetos, inclusive com a aplicação da inteligência artificial (IA)", conta.

Um dos projetos que utiliza a IA no sistema público é uma parceria da Paipe com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reguladora responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil. O Smart Doc Analyzer consegue ler e analisar documentos de forma muito rápida.

"Um analista levava cerca de 8 horas para buscar informações e, em muitas vezes, com documentos escritos à mão. Hoje, a inteligência artificial ela faz isso de forma muito rápida, lê milhões de documentos e traz respostas para o analista tomar a decisão, é um ganho de produtividade", explica o diretor da Paipe.

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A Inteligência Artificial, aliás, está presente em grande parte dos projetos da empresa. Conforme Corrêa, no ano passado a empresa já havia colocado como meta ter 70% de seu portfólio focado em IA em 2024.


Rogério, da Paipe Foto: Divulgação

"Trabalhamos forte nisso. Criamos um laboratório para fazer experimentos, textos, com todos conceitos e algoritmos de inteligência artificial. É onde testamos, experimentamos e trazemos o cliente para ver como é esse mundo. Lançamos também um serviço na forma educativa para mostrar e treinar as pessoas sobre o uso de ferramentas e soluções de algoritmos e, ao mesmo tempo, buscar dores e necessidades não resolvidas de suas áreas e assim melhorar seu trabalho e seu dia a dia", ressalta Rogério.

A empresa de tecnologia e transformação digital conta com 150 colaboradores e pretende aumentar este número ainda este ano. As projeções de crescimento em faturamento e em número de clientes também são animadoras."Devemos chegar a 200 colaboradores até o final do ano. Nos últimos anos já crescemos mais de 300% na base de clientes e a cada ano queremos, no mínimo, dobrar, isso em faturamento e quantidade de clientes", afirma Corrêa.

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