O período de festas de fim de ano tem como uma das marcas o aumento no consumo de frutas. Uva, abacaxi, morango, ameixa e melancia eram as mais buscadas nesta semana em uma grande fruteira localizada no bairro Rondônia, em Novo Hamburgo. Mas os preços não eram dos mais convidativos.
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Natalia Scopel, 28 anos, gerente do estabelecimento, diz que tem sentido o impacto das chuvas que atingiram o Estado nos últimos meses. “Notamos uma alta nos preços, tanto para gente quanto para o consumidor final”, relata. De acordo com Natalia, o maior problema tem sido em relação à melancia, uma das frutas mais consumidas no período de festas.
“Era para estarmos cheios de melancias, mas a gente não tem encontrado, temos menor quantidade e pequenas”, relata Natalia. Mesmo assim, ela garante que a qualidade dos produtos não foi prejudicada, apesar das dificuldades enfrentadas pelos produtores. “Teve muita chuva de pedra, o que estragou as estufas.”
Mas mesmo com preços mais altos, as famílias não deixaram de procurar pelas frutas para a ceia de Natal e Revéillon. A dona de casa Diane Ledur, 38 anos, relata que, mesmo com a alta, vai poder encher mais o carrinho do que no ano passado. “Esse ano está melhor, vou levar mais variedade de frutas. Mas isso é porque a nossa condição de vida melhorou”, avalia.
Consumo
Diana conta que as compras de frutas aumentam na época de festas de fim de ano, tudo pensando em diversificar a mesa da ceia. “Natal e Ano Novo a gente compra frutas mais variadas, até para fazer uma mesa bonita.”
Já o taxista Tiago Rodrigues, 45 anos, tem no calor uma motivação extra para aumentar o consumo de frutas, neste período. “Costumo de consumir bastante morango, laranja, limão, consumo bastante no verão.”
Para garantir preços melhores, ele aproveitou a oportunidade que surgiu no meio do trânsito na tarde deste sábado (23): enquanto circulava pela Rua Primeiro de Março, parou para comprar algumas caixas de morango de um dos vendedores ambulantes que circulam pela cidade. “Esses são para o Natal, fazer um doce para a ceia”, conta ele, que levou em conta o valor menor. “O preço está melhor que no mercado, e eles estão bonitinhos.”
Na avaliação de Tiago, os valores mais altos ainda não são um impeditivo para as compras. “Deu uma subida. Bastante caro o preço das frutas e verduras. Ainda dá para comprar, mas está um pouco salgado.”
Na última quarta-feira (20), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a 12ª edição do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), que apontou na verdade para uma alta nos preços da cebola, alface e batata.
Entre as frutas, a banana foi a que teve uma alta considerável, subindo 13,84%. A laranja também teve um aumento no preço geral devido ao crescimento na procura. A alta no preço da fruta foi de 6,97%, enquanto os demais produtos pesquisados se mantiveram estáveis ou em queda, como no caso do mamão.
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