ECONOMIA
Concorrente desleal ou inovador? Empresários da região estudam mercado calçadista chinês; entenda
Missão à China segue até a próxima semana e é realizada pela Assintecal e ApexBrasil; região também marca presença em feira chinesa
Última atualização: 06/09/2024 14:21
A China é vista, de modo geral, como uma concorrente desleal quando o assunto é a indústria calçadista brasileira. Para transformar o problema em percepções que poderão ser aproveitadas pela produção da cadeia nacional, a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) realiza, até a próxima quinta-feira (12), uma missão empresarial ao país asiático.
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A viagem ocorre por meio do Brazilian Materials, programa de apoio à internacionalização do setor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior ressalta que os fabricantes chineses estão investindo bastante em pesquisa de inovação de produto.
"Evidentemente, não são todas as empresas chinesas que praticam concorrência predatória. Pelo contrário, é um mercado que vem se desenvolvendo muito em termos de tecnologia e respeito às melhores práticas de ESG. Temos muito a aprender com a maior produtora de calçados do mundo", afirma Ribas.
Entre os participantes da missão estão diretores das seguintes empresas da região: Bertex, de Novo Hamburgo; Cofrag, de Sapiranga; FCC, de Campo Bom; Killing, de Novo Hamburgo; Crespi do Brasil, Novo Hamburgo; Metalização Igrejinha, de Igrejinha; e Sugar Shoes, de Picada Café.
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Presença em feira
Durante a missão, os empresários do setor visitaram uma das maiores feiras internacionais de couros e componentes, a All China Leather Exhibition (ACLE). Nesta edição, foi apresentada uma novidade: a feira passou a incluir produtos terminados (calçados e acessórios).
A ACLE, realizada entre os dias 3 e 5 de setembro, teve seis participantes brasileiras apoiadas pelo Brazilian Materials. Entre as empresas estão a Tanac, de Montenegro; a marca NokoPiel, da Noko Química de Portão; a Seta, de Estância Velha; a SystemHaus, de Novo Hamburgo; e a Corium, também de Novo Hamburgo.
Para a Nokopiel a participação na feira reflete a expansão da indústria que busca novos mercados no continente asiático. Na feira, a empresa apresentou suas novas tecnologias para a indústria do couro.