NEGÓCIOS

Comércio gaúcho deve ter incremento de 10% nas vendas de junho; entenda e veja cenário na região

Lojas da região recebem moradores que buscam pela reposição de itens perdidos nas enchentes

Publicado em: 17/06/2024 16:03
Última atualização: 17/06/2024 16:13

A tristeza pelas consequências das enchentes tem sido substituída pela esperança em um recomeço que afeta também a economia dos municípios. A busca por produtos como móveis e eletrodomésticos tem aquecido as vendas do comércio varejista no Estado


Vendas aumentaram na lojas Solar Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

De acordo com a Federação Varejista do RS, o incremento nas vendas deve chegar a 10% nesta primeira quinzena de junho, especialmente em cidades que não foram diretamente atingidas pelas cheias.

"As cidades que não foram diretamente afetadas pelas enchentes e seus efeitos, sobretudo nas questões econômica e de geração de empregos, estão tendo um junho muito bom. As pessoas retroagiram o consumo em maio, por toda a comoção causada pelo desastre ambiental, mas, nesse momento, estão voltando a realizar seus sonhos e atender suas necessidades. Nos municípios diretamente atingidos pelas enchentes, diferentemente, o cenário do comércio varia conforme a gravidade da situação registrada em cada localidade, o que impede aferir um padrão ou média nesses casos", explica o presidente da entidade varejista, Ivonei Pioner.

Em Novo Hamburgo, mesmo com o bairro Santo Afonso ainda sentindo as consequências diretas da enchente, o cenário também é positivo. Na unidade da Lojas Solar, no bairro Rio Branco, a meta do mês de junho já foi batida na semana passada.

"É um reflexo, infelizmente, das enchentes. Já batemos a meta do mês de junho muito por conta dos incentivos financeiros que chegaram até estas famílias. Também há muita gente que compra para doar para familiares ou outros moradores atingidos, existe uma corrente solidária", conta o gerente comercial da filial hamburguense, João Carlos Pereira.

Ainda conforme Pereira, não há registro de falta de produtos, mas sim um prazo maior para entrega e montagem dos itens. "As entregas que conseguíamos fazer a montagem em 48 horas, pedimos agora de cinco a setes dias devido ao grande volume de vendas."

Na filial da Benoit, em São Leopoldo, as vendas também estão acima do "normal" para o período. "Estamos vendendo quatro vezes mais do que vendemos em junho, quase não damos conta de tanta demanda. Estamos tendo que dar um prazo maior para entregar o produto ao cliente", diz o gerente e o gerente Israel Atikson.

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