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Chocolate vai ficar mais caro e alta pode impactar até a próxima Páscoa

Preço do cacau já subiu 18% de janeiro do ano passado até agora no Brasil e não para por aí

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Publicado em: 26/08/2024 às 12h:16 Última atualização: 26/08/2024 às 12h:18
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O chocolate está mais caro no Brasil e ainda vai subir nos próximos meses, podendo impactar até mesmo nos preços que serão praticados na Páscoa de 2025. E a explicação não se resume ao mercado interno.

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Brasil produz cacau em Estados do Norte e do Nordeste, como a Bahia | abc+



Brasil produz cacau em Estados do Norte e do Nordeste, como a Bahia

Foto: GOVERNO DA BAHIA/DIVULGAÇÃO

Projeção da Organização Internacional Internacional do Cacau (ICCO) indica que a demanda pelo produto supera a oferta em 430 mil toneladas, o que impacta diretamente nos preços.

Diante do cenário de déficit na produção global, a cotação do cacau alcançou recentemente patamares históricos na bolsa de Nova York. Em abril deste ano a tonelada do produto chegou a quase US$ 12 mil.

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Segundo informação do jornal Valor Econômico, nos últimos 12 meses a valorização internacional da commodity chega a 121%. No mercado interno o cacau subiu 18% de janeiro do ano passado a maio deste ano, informa a Kantar.

Apesar do cenário de aumento de preços, o consumo continua em alta no Brasil. Segundo a Kantar, a demanda por cacau aumentou 15% em volume de janeiro a maio deste ano na comparação com igual período de 2023.

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A analistas, o CEO da Mondelez, Dirk Van de Put, disse que “os consumidores e a economia brasileira continuam resilientes”. Ele pondera, no entanto, que já se percebe um movimento de maior sensibilidade do consumo em relação ao aumento nos preços.

Para equilibrar as contas, as empresas do setor começam a buscar alternativas que incluem até mesmo a redução no uso de cacau em alguns produtos. Em nota, a Nestlé informou ao Valor Econômico que “tem o compromisso de adotar ações mitigatórias para ajustar preços com responsabilidade e apenas quando necessário”.

Como as compras de matéria-prima para a produção dos ovos de Páscoa começam agora, a tendência é de alta nos preços ao consumidor em 2025. Com isso, devem ganhar ainda mais espaço nas listas de compras produtos como bombons e barras, que usam menos chocolate.

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Há risco de faltar chocolate no mercado interno?

A resposta é não, apesar do déficit global. Segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), até o momento nenhuma empresa associada reportou falta de produto e muito menos que pode ter suas operações comprometidas por conta disso.

“Não estou dizendo que não tenha risco, mas a escassez de cacau vai ficar rondando o setor até que tenhamos volumes mais tranquilos na safra”, disse Anna Paula Losi, da AIPC.

Segundo a associação, no primeiro semestre de 2024 houve queda de 37% no volume recebido de amêndoas nacionais pela indústria processadora de cacau. Foram 59 mil toneladas recebidas no período, enquanto que no primeiro semestre de 2023 foram 93 mil toneladas.

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