Supermercados, hipermercados e atacarejos da região seguem enfrentando problema no abastecimento de produtos. Consumidores de Novo Hamburgo relatam que há prateleiras vazias em conhecidas redes da cidade. O problema é devido ao bloqueio e interdição de rodovias e aumento no consumo em consequência da enchente que atinge o Estado e a região.
O Grupo Zaffari informou em nota na tarde desta segunda-feira (6), que “algumas lojas estão enfrentando interrupção de reposição de itens, em decorrência de obstrução logística ou por alta demanda de consumo. No entanto, a grande maioria dos produtos em falta possui itens semelhantes substitutivos dentro das próprias lojas”, disse a empresa.
Um dos itens com maior procura é a água, especialmente porque houve a interrupção no abastecimento na cidade. O grupo disse, também em nota, que “a empresa já está racionando a venda de unidades por compra, porém a demanda é maior do que a disponibilidade do estoque, no momento.”
A UnidaSul, holding que administra o Rissul e o Macromix, informou que a situação segue a mesma registrada na última sexta (3). Segundo a empresa, as lojas de ambas as redes em Porto Alegre e nas regiões Metropolitana, Vale do Sinos, Vale do Paranhana e Serra Gaúcha estão com dificuldades momentâneas no abastecimento, já que os caminhões que fazem a reposição dos produtos estão sem acesso a esses municípios, mesmo por rotas alternativas.
Nas unidades do Litoral Norte, o problema é pontual e atinge a reposição dos produtos do setor de hortifruti.
O Monaco, que teve uma da de suas unidades atingidas pela enchente, registra atrasos nas entregas e substituição de algumas marcas. “Podemos ter alguns atrasos, mas nada que tenhamos faltas em lojas, os fornecedores estão alterando rotas nas ruas já no aguardo de abertura de estradas. Algumas marcas estão sendo substituídas, mas não há itens faltando”, reforça a diretora financeira da empresa, Michele Monaco.
A empresa segue atuando em campanhas solidárias para auxiliar a comunidade.
O Grupo Carrefour Brasil não se manifestou sobre o tema.
Aumento de preços
Clientes da região também relatam aumento no preços de produtos como azeite de oliva e margarina. “Azeite, por exemplo, tava R$ 100 e tava R$ 60 antes, não sei se é por este momento. Está tudo muito estranho”, comenta Júlia Schmidt , 27 anos, moradora de Novo Hamburgo.
Segundo a Associação gaúcha dos Supermercados (Agas), a variação de preços que já está sendo verificada em algumas unidades é em virtude do aumento tributário, já que desde o dia 1º de maio entrou em vigor a medida do governo estadual que retira os benefícios fiscais de 64 segmentos da economia, incluindo o setor de alimentos.
Aplicativo da Agas
A Agas, lançou nesta segunda-feira (6), um aplicativo o Ajuda Sul, para auxiliar empresários do setor supermercadista. No app, inicialmente liberado somente para sistema Android, os lojistas podem inserir dados em relação aos problemas ocasionados pelas chuvas. A ideia é que empresas que não foram afetadas possam auxiliar os atingidos.
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