ECONOMIA
CATÁSTROFE NO RS: Negativação de dívidas é suspensa por 60 dias no Estado; entenda
Medida que suspende informações sobre inadimplência é retroativa, tem validade desde o dia 1º de maio
Última atualização: 17/05/2024 11:45
A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgou nesta sexta-feira (17) que, diante das enchentes no Rio Grande do Sul, empresas que reúnem dados sobre o histórico financeiro das pessoas como SPC Brasil, Serasa Experian, Equifaz/Boa Vista e Quod suspenderam os pedidos de negativação de pessoas físicas e jurídicas no Estado por 60 dias.
Além disso, durante o período, o setor postergará a inclusão de dívidas que já estejam em processo de comunicação no banco de dados e cancelarão a exibição de apontamentos inscritos após a decretação da calamidade pública.
Desta forma, até o fim do prazo estabelecido, a informação de inadimplência, assim como as demais relacionadas a ela, estarão indisponíveis, seja para consulta ou utilização. A medida tem validade desde o último dia 1º, data em que foi decretado o estado de calamidade pública no Estado, sendo aplicada de forma retroativa.
A iniciativa, cujo objetivo é proporcionar o tempo adequado para as renegociações entre os credores e os consumidores de crédito neste momento crítico, poderá ser prorrogada.
"A ideia é que, com essa suspensão, credores, consumidores e empresas sejam capazes de conversar e renegociar seus créditos de forma responsável para que a economia e o bem-estar social possam se restabelecer de forma sustentável no Estado. O crédito é um instrumento fundamental e mais do que nunca necessário para a retomada das atividades produtivas no Rio Grande do Sul", afirma Elias Sfeir, presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito, entidade que representa o setor de birôs de crédito.
Em 2020, frente às consequências econômicas da pandemia, as empresas que reúnem dados sobre o histórico financeiro ampliou o prazo de negativação de consumidores e empresas. A ação teve impacto positivo, ao trazer estabilidade ao processo de crédito e estimular a negociação entre credor e devedor durante a crise de saúde.