TRAGÉDIA
CATÁSTROFE NO RS: "Impacto devastador", diz Setcergs sobre situação do setor de transporte de cargas
Transporte de cargas é afetado com bloqueio de rodovias
Última atualização: 10/05/2024 17:50
A catástrofe que atinge o Rio Grande do Sul desde o início da semana impacta diretamente o transporte rodoviário de cargas e logística do estado. Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) pelo menos 40 trechos de rodovias federais estão totalmente interditados e 130 pontos com tráfego restrito nas estradas estaduais.
O sindicato classificou o impacto como "devastador". “Estamos enfrentando repetidas enchentes, seguidas e estiagens em um único ano. Como podemos lidar com isso? As mercadorias paradas, os caminhões inativos - todo o ônus de cumprir os compromissos assumidos recai diretamente sobre os transportadores. Estamos vivenciando um momento de extrema dificuldade para os transportadores e para nossos embarcadores, especialmente os produtores rurais”, afirma o presidente do sindicato, Sérgio Mário Gabardo.
Entre as rodovias interditadas, Gabardo destaca a extensão de 93 quilômetros na BR-386, entre Lajeado e Soledade.
“A cidade de Lajeado testemunha uma crise sem precedentes. Outras cidades enfrentam isolamento e graves problemas devido às enchentes. As autoridades locais devem agir com urgência, mobilizando recursos como helicópteros para resgatar pessoas presas em telhados e áreas alagadas, pois o risco de perdas humanas é iminente. As empresas locais aqui estão fazendo o possível para ajudar, mobilizando recursos e oferecendo apoio logístico para o transporte de alimentos e suprimentos básicos para as áreas mais afetadas”, diz o diretor efetivo do Setcergs, Eduardo Luiz Richter.
Na região de Agudo, Santa Maria e na área adjacente da 4ª Colônia, como Candelária e Caxias do Sul, a situação também é de isolamento por terra. As estradas estão interrompidas, impossibilitando o deslocamento entre cidades vizinhas, como Agudo e Dona Francisca, que estão separadas por apenas 10 quilômetros, mas agora estão inacessíveis devido a pontes caídas e estradas danificadas.
Os impactos são sentidos também nas regiões do Vale do Sinos e Serra. No setor de alimentos, por exemplo, redes supermercadistas já enfrentam problemas no abastecimento, já que a parte logística está comprometida.