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ECONOMIA

CATÁSTROFE NO RS: Empresas gaúchas somam R$ 10 bilhões em prejuízos patrimoniais

Levantamento preliminar da Fecomércio mostra perdas em estoque, instalações, maquinários e outros

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 20/05/2024 às 17h:24 Última atualização: 28/05/2024 às 16h:32
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Levantamento preliminar da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio-RS) divulgado nesta segunda-feira (20), aponta que as empresas gaúchas acumulam até R$ 10 bilhões em perdas de ativos em razão das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.

Zona norte de Porto Alegre | abc+



Zona norte de Porto Alegre

Foto: Mauricio Tonetto/Secom

Os prejuízos patrimoniais calculados contemplam estoque, maquinário, mobiliário, instalações, entre outros. A entidade avalia ainda que a perda de PIB do RS decorrente das enchentes chegue a cerca de R$ 40 bilhões, ou, aproximadamente 5% do PIB anual.

A avaliação da entidade traz dois recortes da crise enquanto às perdas. Em uma primeira análise, realizada com base em imagens de satélite, a entidade aponta que são cerca de 33 mil estabelecimentos diretamente afetados pelos alagamentos nos setores de comércio, serviços e indústria. A perda de ativos é calculada em R$ 5 bilhões.

O levantamento não inclui micro e pequenas empresas que funcionam em domicílios residenciais, nem municípios que sofreram maior impacto de enxurrada do que de alagamentos.

Já em um segundo recorte, que considera o número de CNPJs, entre matrizes e filiais, concentrados nos 46 municípios em estado de calamidade pública, as perdas avaliadas são maiores. A Fecomércio-RS calcula que 10% dos 661.159 CNPJs ativos nessas cidades tenham sido diretamente afetados pelas enchentes. Seriam 66 mil estabelecimentos empresariais impactados (54,5 mil do comércio de bens e serviços). Nesse cenário, as perdas patrimoniais chegam a cerca de R$ 10 bilhões, sendo R$ 8 bilhões referentes a comércio e serviços.

“É imprescindível estarmos embasados por dados que dimensionem o tamanho desta tragédia e seus impactos para pleitearmos ações efetivas em prol de mitigar os seus efeitos”, diz o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. 

Outros impactos

A Federação chama atenção, ainda, ao fato de que, mesmo empresas que não tenham sido atingidas diretamente pela enchente, sentem diferentes impactos da crise. Segundo Bohn, algumas ficaram sem insumos essenciais, como água e energia elétrica, sem recursos humanos com casos de colaboradores afetados ou tiveram a logística para recebimento de matéria-prima, mercadorias ou prestação de serviços prejudicada devido aos problemas causados à infraestrutura.

Outras tantas foram prejudicadas pela redução de demanda. Por esses motivos, a entidade estima a perda de PIB de cerca de R$ 40 bilhões.

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