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ECONOMIA

CATÁSTROFE NO RS: Empresas de Novo Hamburgo enfrentam problemas após alagamentos

Empresários têm tentado se adaptar ao cenário atual

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 14/05/2024 às 17h:04
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Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 94,3% da atividade econômica estadual foi afetada com as enchentes. Mais de 9 mil indústrias ficam no Vale do Sinos. Muitas delas seguem contabilizando os prejuízos como uma das consequências das enchentes.

Área em que fica Soldasinos ficou totalmente alagada | abc+



Área em que fica Soldasinos ficou totalmente alagada

Foto: Divulgação/Soldasinos

Alagamentos dentro das empresas, problemas logísticos e colaboradores que seguem afastados das atividades, por terem sido diretamente impactados com as cheias, fazem parte do cenário atual. Em Novo Hamburgo, a Soldasinos, que tem como principal produto gases medicinais e industriais, é uma das empresas afetadas.

“A água entrou na parte interna do pátio e no corredor que usamos para o escoamento de ambulâncias, caminhões e veículos leves no abastecimento de oxigênio medicinal e industrial e outros gases para a indústria da soldagem. Além disso, a água também invadiu a parte da loja que usamos para varejo de insumos de solda e máquinas”, explica o CEO da empresa, Mauro Slomp. 

A indústria, que fica no bairro Liberdade, já calcula prejuízo inicial de mais de R$ 100 mil. “Como o produto principal é o gás da indústria e oxigênio medicinal, fomos atingidos pela interrupção da logística. Somos uma revenda autorizada da Air Liquide que está localizada em Canoas e onde a planta de enchimento é a nossa base logística também. Desde o início dos acontecimentos não conseguimos ir até lá. Tínhamos estoque ainda, mas está escasso e precisamos repor as cargas”, comenta o empresário de Novo Hamburgo.

A empresa hamburguense chegou a ficar parada por uma semana. Agora, está operando, mas não em sua totalidade. “Conseguimos voltar porque somos preparados logisticamente e temos parcerias de empresas aqui da região e até mesmo concorrência, nestas alturas dos acontecimentos isto deixa de ser um empecilho”, diz Lomp.

Além de empresas com problemas na operação, há outras fechadas por falta de colaboradores ou danos ao maquinário e também algumas que realocaram funcionários e funções para seguirem ativas mesmo com as dificuldades.

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