Em decorrência das grandes inundações, com danos em muitas estradas e pontes, o suprimento de gás de cozinha (GLP) enfrenta problemas no abastecimento que se agravou desde a última segunda-feira (6).
Segundo o Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), há muitos municípios isolados sem disponibilidade de botijões ou com pequenas quantidades remanescentes, que não são suficientes para atender ao aumento da demanda.
Na região, a Copa Energia, antiga Liquigas, com sede em Canoas, foi atingida pela enchente. A empresa é responsável por cerca de 30% do abastecimento da matéria-prima no Estado. O restante também vem de distribuidoras de Canoas.
Estas empresas, que estão localizadas na Avenida Antônio Frederico Ozanam, no bairro Brigadeira, não foram afetadas, disse o presidente do Singasul, Paulo José Ronaldo Villanova Tonet.
A cidade de Nova Santa Rita também enfrenta problemas no recebimento de gás de cozinha. A prefeitura manifesta preocupação com os moradores e pessoas que seguem nos abrigos do município.
“A questão nesta área é chegar com os caminhões e a falta de pessoal para a operação normal, visto que muitos foram atingidos pela enchente do Rio Gravataí”, explica.
Tonet falou também sobre as regiões mais afetadas no momento.
“As revendedoras das regiões Central e Fronteira Oeste, que recebiam por Santa Maria, foram deslocadas para Pelotas, que apresenta longas filas e não tem capacidade para atender essa demanda toda. Neste momento (14h30 desta terça-feira), não há gás em Pelotas. Passo Fundo, está atendendo Planalto, Missões e Serra, tem produtos, mas a dificuldade é chegar até lá de cidades com vias ainda interditadas. O Litoral Norte está recebendo botijões envasados em Araucária (PR), limitado a 100 botijões por CNPJ, por dia”, detalha.
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