ECONOMIA
CATÁSTROFE NO RS: Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo de mais de R$ 423 milhões na agricultura
Apenas 25 municípios estimaram valores; especialista orienta produtores gaúchos
Última atualização: 08/05/2024 11:21
Recente levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta um prejuízo de R$ 423,8 milhões para a agricultura no estado do Rio Grande do Sul em virtude da enchente que assola quase todo o Estado.
Além disso, o estudo revela que outros setores também enfrentam números alarmantes: a pecuária apresenta perdas de R$ 83 milhões e a indústria registra prejuízos de R$ 57,3 milhões. Os dados correspondem apenas a 25 municípios que, segundo a CNM, inseriram suas informações no sistema do Ministério da Integração.
A CNM alerta que esses valores devem crescer exponencialmente à medida que as águas baixarem e os gestores locais conseguirem contabilizar os danos de forma mais precisa. No momento, os esforços continuam voltados para preservar vidas e mitigar os impactos imediatos das enchentes.
Os números preocupam o produtor que terá que lidar com as repercussões do clima em suas plantações. Romário Alves, CEO e fundador da Sonhagro, ressalta a importância dos agricultores documentarem as perdas.
"Agricultura é uma atividade cheia de riscos e mesmo que se tome todos os cuidados necessários, as condições climáticas podem resultar em grandes prejuízos. Todos os produtores estarem conscientes de seus direitos e saberem como documentar os danos provocados por eventos climáticos extremos", destaca Alves.
Recomendações
Entre as medidas recomendadas estão a confirmação da razão da frustração da safra, que inclui a coleta de materiais publicados em notícias sobre problemas climáticos na região, além dos decretos de calamidade eventualmente emitidos pelo Poder Executivo Municipal.
Outro ponto relevante é a comprovação das perdas da safra. Alves sugere ações como capturar fotos e vídeos diários da propriedade rural e da plantação, requisitar imagens de satélite que evidenciem as áreas afetadas, elaborar laudos minuciosos sobre as perdas em conjunto com um responsável técnico, entre outras etapas.
Segundo Alves, é importante submeter as provas diretamente às instituições financeiras, acompanhadas de uma solicitação de prorrogação dos empréstimos rurais antes do vencimento, embasada em um plano de pagamento.