Um corredor provisório construído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (Dnit) entre os quilômetros 242 e 248 da BR-116, em São Leopoldo, foi liberado para motoristas desde a manhã desta quinta-feira (9). O corredor serve, preferencialmente, para a chegada de insumos e suprimentos às cidades afetadas pela enchente histórica. A medida traz alívio ao setor de alimentação.
Com as dificuldades nos acessos, por conta da enchente que atinge o Estado, a empresa de hortifruti não conseguia realizar entregas no Vale do Sinos.
“Voltamos hoje (9). Estávamos desde quinta passada (2) sem conseguir vir para cá (Vale do sinos). Tirando a parte das folhas verdes, castigadas pela enchente, estamos conseguindo entregar os produtos”, conta o proprietário da empresa, Sérgio Pissaia, que estava em Novo Hamburgo na manhã desta quinta-feira (9), abastecendo restaurantes e mercados.
A distribuidora de frutas, verduras e legumes, fica na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), em Porto Alegre. No momento, a Ceasa opera de forma parcial e emergencial no Centro de Distribuição das Farmácias São João, em Gravataí. “Está sendo bem difícil, os ovos ficaram lá, no meio da água”, conta Pissaia.
Supermercados e hipermercados
Em unidades de redes maiores, como do Grupo Zaffari, o reabastecimento tem ocorrido de forma gradual. Segundo a empresa, por meio de sua assessoria, três carretas cheias vieram para o hipermercado de Novo Hamburgo durante a madrugada da quinta-feira (9), e mais caminhões devem chegar.
Para agilizar as entregas, a rede contratou também equipes terceirizadas. O centro de distribuição do grupo fica em Porto Alegre, cidade que também foi fortemente impactada com as cheias.
Em redes menores, como Villa Regina e Ofersul, o abastecimento está dentro da normalidade, apenas com faltas pontuais. As empresas têm divulgado em suas redes sociais novas entregas chegando diariamente.
Não há desabastecimento, reitera Agas
O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, fez uma nova manifestação nesta quinta (9). Ele reiterou que não há desabastecimento no Estado.
“Os supermercados estão fazendo de tudo para manter abastecimento junto com a indústria. A cada via desobstruída existe a certeza da reposição e abastecimento e segurança de encontrar os produtos, não exatamente da marca que deseja. Temos ainda cidades muito atingidas, como a grande Porto Alegre e o Vale do Taquari, mas o Estado não sofrerá desabastecimento“, afirma.
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