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DESONERAÇÃO DA FOLHA

CATÁSTROFE NO RS: ACI e Fiergs fazem solicitação ao vice-presidente da República; entenda

Pedido tem relação com o decreto de calamidade pública de cidades atingidas pela enchente

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 09/05/2024 às 16h:27 Última atualização: 09/05/2024 às 16h:28
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A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/CB/EV/DI) encaminharam ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (9), um pedido de manutenção da desoneração da folha de salários por dois anos para empresas com sede no Rio Grande do Sul.

Isenção da taxa afeta empregos no setor do calçado | abc+



Isenção da taxa afeta empregos no setor do calçado

Foto: Divulgação

A justificativa é o decreto do estado de calamidade pública, reconhecido através da Portaria nº 1.354, de 02 de maio de 2024.

A proposta, conforme o advogado tributarista Marciano Buffon, consultor da ACI, professor da Unisinos e membro do Conselho Tributário da Fiergs, não constitui afronta ao art. 151, pois a calamidade pública resulta em desequilíbrio regional sanável parcialmente com a desoneração da folha.

O referido artigo prevê que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a estado, ao distrito federal ou a município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.

A desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores que mais empregam no Brasil, incluindo o calçadista, foi suspensa no final de abril

A medida

Adotada desde 2011, a desoneração da folha de pagamentos é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20%, incidente sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, a depender do setor produtivo. Com a decisão de Lula, o benefício perderia a validade no fim deste ano. No caso do setor calçadista, o pagamento é de 1,5%.

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