TRABALHO
Você sabia que há quem arranja emprego via Tinder?
Plataformas de paquera acabam servindo para networking também
Última atualização: 22/12/2023 09:41
William* é advogado e estava havia seis meses procurando um emprego. Tentou pelo LinkedIn, plataformas tradicionais de vagas e nada parecia evoluir. Em paralelo, estava solteiro e utilizava aplicativos de namoro para flertar e conhecer gente nova. Em setembro, começou a conversar e se relacionar com uma recrutadora pelo Tinder e, após algum tempo, ela o indicou para o seu atual emprego.
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Ele não é o único que teve uma experiência inusitada em plataformas de relacionamento. O jornalista Davi conseguiu uma oportunidade em sua área de atuação por meio de uma conexão no aplicativo.
"Às vezes as coisas não vão para frente no sentido amoroso, mas a pessoa é superlegal, e acaba virando amiga", conta. Em seu caso, após alguns dias de conversa com um rapaz, o relacionamento amoroso não foi para frente, mas a amizade com o colega de profissão resultou em uma indicação e depois em uma oferta de emprego.
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Uso alternativo
Usar o Tinder para contato profissional e o LinkedIn para paquerar. A frase virou piada nas redes sociais, graças ao programa Choque de Cultura, no YouTube.
Apesar de parecer apenas uma brincadeira, a situação se tornou realidade para muitas pessoas. No X (antigo Twitter), alguns usuários compartilham suas histórias e contam ter recebido ofertas de emprego em diversas plataformas e, em alguns casos, até resultando em contratação.
A popularidade dos aplicativos no Brasil é significativa. Segundo dados da consultoria Statista, até o final de 2023, o número de usuários no mercado de namoro on-line no Brasil deverá chegar a 17,9 milhões.
A recrutadora Mariana Torres destaca que essa tendência de conexão não é nova, mas ganhou força on-line. Ela compara a dinâmica dos aplicativos à experiência de conhecer alguém em uma festa, onde relacionamentos e oportunidades profissionais podem surgir organicamente.
"Você passa essa mesma situação nos apps de namoro. São pessoas se conhecendo com intuito de relacionamento. Mas são pessoas que trabalham, que têm demandas, que conhecem outras pessoas", explica.
"Não acredito que profissionais vão até os apps de relacionamento buscar emprego ou fazer seleção. Existem sites específicos para isso, mas que pode acontecer, pode, como em qualquer encontro de pessoas."
Atenção para diretrizes e necessidade de cautela
O Tinder adota uma postura diferente em relação a outras redes sociais que estimulem que seus usuários empreguem o aplicativo para fazer conexões profissionais. As diretrizes da comunidade do Tinder são explícitas ao afirmar que o aplicativo deve ser utilizado exclusivamente para conexões pessoais, e não como uma plataforma profissional.
A especialista em carreira Bruna Garcia também destaca a necessidade de tomar cuidado ao compartilhar informações pessoais e interagir em links sugeridos durante as interações nos aplicativos de relacionamento. Quando você inicia uma conversa com alguém e recebe a oferta de uma vaga, é importante manter a cautela.
Cuidado
Ao compartilhar informações, como dados pessoais e documentos, é crucial verificar a legitimidade da proposta. Ela recomenda checar o perfil no LinkedIn e outras redes sociais para confirmar a existência da pessoa e da empresa.
Verificar a validade do CNPJ e identificar outras pessoas que possam estar associadas ao negócio também são passos essenciais para evitar possíveis golpes. A cautela é necessária mesmo nas relações sociais pelas plataformas virtuais.
*Os entrevistados pediram para ser identificados com nomes fictícios.
Com Agência Estado
William* é advogado e estava havia seis meses procurando um emprego. Tentou pelo LinkedIn, plataformas tradicionais de vagas e nada parecia evoluir. Em paralelo, estava solteiro e utilizava aplicativos de namoro para flertar e conhecer gente nova. Em setembro, começou a conversar e se relacionar com uma recrutadora pelo Tinder e, após algum tempo, ela o indicou para o seu atual emprego.
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Ele não é o único que teve uma experiência inusitada em plataformas de relacionamento. O jornalista Davi conseguiu uma oportunidade em sua área de atuação por meio de uma conexão no aplicativo.
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Usar o Tinder para contato profissional e o LinkedIn para paquerar. A frase virou piada nas redes sociais, graças ao programa Choque de Cultura, no YouTube.
Apesar de parecer apenas uma brincadeira, a situação se tornou realidade para muitas pessoas. No X (antigo Twitter), alguns usuários compartilham suas histórias e contam ter recebido ofertas de emprego em diversas plataformas e, em alguns casos, até resultando em contratação.
A popularidade dos aplicativos no Brasil é significativa. Segundo dados da consultoria Statista, até o final de 2023, o número de usuários no mercado de namoro on-line no Brasil deverá chegar a 17,9 milhões.
A recrutadora Mariana Torres destaca que essa tendência de conexão não é nova, mas ganhou força on-line. Ela compara a dinâmica dos aplicativos à experiência de conhecer alguém em uma festa, onde relacionamentos e oportunidades profissionais podem surgir organicamente.
"Você passa essa mesma situação nos apps de namoro. São pessoas se conhecendo com intuito de relacionamento. Mas são pessoas que trabalham, que têm demandas, que conhecem outras pessoas", explica.
"Não acredito que profissionais vão até os apps de relacionamento buscar emprego ou fazer seleção. Existem sites específicos para isso, mas que pode acontecer, pode, como em qualquer encontro de pessoas."
Atenção para diretrizes e necessidade de cautela
O Tinder adota uma postura diferente em relação a outras redes sociais que estimulem que seus usuários empreguem o aplicativo para fazer conexões profissionais. As diretrizes da comunidade do Tinder são explícitas ao afirmar que o aplicativo deve ser utilizado exclusivamente para conexões pessoais, e não como uma plataforma profissional.
A especialista em carreira Bruna Garcia também destaca a necessidade de tomar cuidado ao compartilhar informações pessoais e interagir em links sugeridos durante as interações nos aplicativos de relacionamento. Quando você inicia uma conversa com alguém e recebe a oferta de uma vaga, é importante manter a cautela.
Cuidado
Ao compartilhar informações, como dados pessoais e documentos, é crucial verificar a legitimidade da proposta. Ela recomenda checar o perfil no LinkedIn e outras redes sociais para confirmar a existência da pessoa e da empresa.
Verificar a validade do CNPJ e identificar outras pessoas que possam estar associadas ao negócio também são passos essenciais para evitar possíveis golpes. A cautela é necessária mesmo nas relações sociais pelas plataformas virtuais.
*Os entrevistados pediram para ser identificados com nomes fictícios.
Com Agência Estado
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