MORADIA PROVISÓRIA

Casas começam a ser entregues em cidades afetadas pelas cheias; conheça a empresa da região responsável pelo projeto

Empresa de Ivoti tem 90 dias para concluir o projeto; veja detalhes das residências provisórias

Publicado em: 01/08/2024 12:10
Última atualização: 01/08/2024 13:39

A linha de montagem da Visia Construção Modular, de Ivoti, está com um novo projeto. A empresa que atua com construção modular há 20 anos está fabricando 500 casas provisórias que estão sendo destinadas às vítimas das enchentes que assolaram o Estado no mês de maio.

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Casas modulares provisórias para vítimas das enchentes no RS Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

 De acordo com o CEO da empresa, Alexandre Soares, o contrato com o governo do Estado tem validade de 90 dias e estão sendo produzidas 10 casas por dia. As 30 primeiras residências temporárias já começaram a ser entregues, elas estão sendo transportadas para Encantado, no Vale do Taquari.

"Temos a responsabilidade de fazer a casa e colocar no terreno. A prefeitura precisa entregar o terreno plano e fazer a ligação da rede de água e esgoto do loteamento, da área. Nossa casa vai com tudo pronto", conta Soares.

As próximas cidades a receberem a casa modular após Encantado ainda não foram divulgadas pelo governo do RS. "Mas acredito que deve haver mais entregas no Vale do Taquari", adianta o CEO da Visia.

A empresa que fica em Picada Alta, em Ivoti, constrói também módulos para penitenciárias, escolas, clínicas de saúde, entre outros modelos. Para atender ao projeto via governo estadual, foram contratados mais colaboradores.

"O produto foi redesenhado para ser mais rápido, ter mais agilidade na entrega, mas claro, com muita qualidade. Estamos contratando mais gente para atender esta demanda", conta Soares, que também fala sobre perspectivas de crescimento da empresa para 2024.

"Temos uma projeção de crescimento de 25% para este ano. Temos projetos em outros estados também como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina", completa Alexandre.

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As casas


Casas modulares provisórias para vítimas das enchentes no RS Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

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A empresa desenvolveu um protótipo e reproduz o mesmo modelo nas 500 unidades que contam com 27 metros quadrados. As residências provisórias têm um dormitório, banheiro e sala com cozinha conjugada.

"Produzimos em pavilhões separados, a estrutura metálica, a estrutura de fechamento, entre outras. Essas unidades vão se juntando no pavilhão de montagem, onde unimos piso, teto e pilares. As unidades têm fechamentos internos em placas cimentícias, revestimento externo em concreto especial feito por nós aqui, que é o concreto GRC. Cada setor vai tendo sua devida disciplina para atender esta demanda grande de 10 unidades por dia", explica Renato Fries, que atua na Engenharia de Produto da empresa.


Casas modulares provisórias para vítimas das enchentes no RS Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

As unidades são entregues com mobiliário feito sob medida e eletrodomésticos. Elas têm chuveiro, luminárias, cama de casal, beliche, sofá-cama, mesa com cadeiras, fogão e geladeira. Por dentro das paredes há uma manta, que proporciona alto conforto térmico e acústico. As casas são transportadas em caminhões.

 

Caminhões saem da Visia transportando as casas modulares Foto: Juliana Nunes/GES-Especial

O projeto

A medida integra o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres. Também faz parte do Plano Rio Grande, o programa do Estado de reconstrução, adaptação e resiliência climática.

O governo do Estado está investindo cerca de R$ 66,7 milhões no projeto. Além disso, estão sendo aportados R$ 56,4 milhões na construção de casas definitivas.

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