Uma cadeia calçadista sustentável é o foco do programa Origem Sustentável, uma parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). Reconhecido como a única certificação de práticas ESG (Environmental, Social and Governance) e de sustentabilidade do setor no mundo, o programa alcançou recentemente a marca de 100 empresas cadastradas.
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Ao todo, o Origem Sustentável conta com 102 empresas, sendo 83 já certificadas nas classificações prata, ouro e diamante, e 19 em processo. Das já incluídas oficialmente no programa, 22 são do segmento calçadista e 61, de componentes.
O crescimento em relação ao ano anterior foi de 115%. “Essa certificação é feita para mostrarmos para o Brasil e para o mundo que temos à cadeia de calçados e componentes mais sustentável, uma referência internacional”, afirma o gerente de marketing e estratégia da Abicalçados, Cristian Schlindwein.
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Pensar em sustentabilidade também é importante para tornar empresas calçadistas e de componentes mais competitivas no mercado. Esse é um dos pilares que norteia o Origem Sustentável. Segundo a superintendente da Assintecal, Silvana Dilly, a percepção da importância de práticas ESG para o futuro dos negócios motivou a criação do programa. “Com isso, colocamos o nosso setor na pauta internacional. A gente não muda uma empresa do dia para a noite, a cultura de sustentabilidade requer persistência”, destaca.
Empresas que fazem a diferença
O comprometimento das empresas para conquistarem o selo Origem Sustentável é fundamental para a continuidade e a força do programa. O Grupo Ramarim, de Nova Hartz, é um dos nomes que se destacam na categoria diamante. A sustentabilidade é um dos pilares fundamentais da empresa calçadista, de acordo com o vice-presidente Marçal Müller.
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“O certificado Origem, que recebemos em 2022, representa um marco importante nesse processo, pois auxilia na organização e compreensão dos diversos aspectos que envolvem o crescimento sustentável de nossa companhia, tanto em áreas econômicas quanto ambientais, culturais e sociais. Ele nos permite estruturar e acelerar nossas ações ESG no contexto industrial”, explica.
No segmento de componentes, a empresa FCC, de Campo Bom, também já garantiu o seu espaço na categoria diamante. Segundo a gerente de marketing e inovação da empresa, Luiza Abdala, o ingresso no programa auxiliou a consolidar as ações de sustentabilidade já existentes de forma mais organizada.
“A certificação veio como uma grande oportunidade de concentrar as iniciativas, colocar metas, mostrar para o mercado e evoluir os nossos processos. Acreditamos que é importante que a empresa tenha essa certificação, ela nos fortalece e é um dos pontos que muitos clientes avaliam quando buscam fornecedores”, ressalta.
Evolução para 2025
Com foco no próximo ano, a Abicalçados e a Assintecal já miram em estratégias para aumentar ainda mais o número de empresas certificadas. “Continuaremos a instigar as empresas para investirem nesse ramo. Só na produção de calçados e componentes, essas 100 empresas representam 45% do setor. Nossa meta é seguir expandindo e, também, divulgar a certificação a nível nacional e internacional”, projeta Silvana.
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