A viagem aos Estados Unidos realizada por representantes do Pacto Calçadista há duas semanas trouxe resultados positivos para o cluster da região e para o calçado brasileiro. Everson Rodrigues, Karin Becker e Christian Thomas tiveram uma agenda intensa, entre as atividades da programação estava a FDRA Shoe Sourcing Executive Summit e uma reunião com a direção da FDRA em Nova York.
A bagagem trazida da missão foi apresentada durante evento realizado na última segunda-feira (29), na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/EV/CB/DI), em Novo Hamburgo.
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Durante a viagem, os membros do Pacto Calçadista tiveram também uma reunião com a diretoria da FDRA, que é a Associação de Distribuidores e Varejistas de Calçados da América. Em junho, o Pacto Calçadista tornou-se membro da associação, em uma parceria com a ACI .
“A conexão com a FDRA nos parece ser um grande atalho para uma melhor, maior e definitiva interação com o mercado norte-americano, uma vez que congrega distribuidores e varejistas dos Estados Unidos. E foi o que fizemos. Além de tornarmos o Pacto membro da FDRA, ainda tivemos a oportunidade de participar do Summit. Ali tivemos a oportunidade de representar e apresentar o RS como cluster calçadista durante os momentos de networking. Foi uma medida inédita e absolutamente assertiva”, diz Christian Thomas.
Para o presidente do Conselho Estratégico do Pacto Calçadista, Marlos Schmidt, a missão aos EUA superou as expectativas. “Dentro do que a gente se propôs de fazer primeiro em um primeiro movimento de conexão com a FDRA, de identificar oportunidades, podemos considerar que nossa missão teve pleno sucesso. Inclusive com expectativas superadas. Fomos muito bem recebidos, com atenção muito especial para as três pessoas que nos representaram”, ressalta.
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Os próximos passos
De acordo com o designer Christian Thomas, este foi o primeiro passo para “um trabalho gigantesco que vem pela frente.”
Entre as articulações já feitas está a visita da FDRA ao RS. “Queremos que venham ao Estado para que vejam aquilo que apresentamos em Nova york, um cluster em condições de servir a necessidade do mercado e do consumidor final. Ainda há muito a ser feito. Os 4 pilares do Pacto (governança; pessoas, processos e produtos; comunicação do cluster e marketing e internacionalização) estão a pleno e trabalhando nos temas relacionados ao branding, ao marketing e à capacitação do cluster como um todo”, adianta o designer do setor calçadista.
Schmidt também destaca outros dois pontos que devem ser trabalhados de forma mais intensa a partir de agora: a capacitação e as oportunidades.
“A questão de capacitação envolve principalmente as conformidades e exigências daquele mercado (norte-americano), e também oportunidades. Temos muito quesitos de conformidades já atendidas, inclusive com alguns destaques como a sustentabilidade, o rigor ao controle das normas trabalhistas. Temos diversos aspectos extremamente positivos que precisam ser evidenciados neste posicionamento do cluster.”
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Reconquistar participação nos EUA
E como reposicionar a participação do Brasil no mercado norte-americano? Christian Thomas avalia que é precisou trabalhar as vocações.
“A única possibilidade que temos de reconquistar a participação do Brasil no mercado norte-americano será no sentido de reposicionarmos nossos produtos na pirâmide de consumo do País. Para tanto teremos que trabalhar nossas vocações de calçadistas, trabalhando o branding e o marketing de produtos com valor agregado e percebido. Esse é um trabalho que leva tempo mas que certamente temos todas as condições de sucesso. Precisamos reposicionar nosso produto no sentido de não competirmos mais com preços baixos oriundos da Ásia”, explica o designer.
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