APÓS FRAUDE BILIONÁRIA
AMERICANAS: Rede varejista encerra operação de sites e aplicativos de compras; entenda
Decisão foi divulgada pela Americanas nesta semana e tem relação com estratégia para se tornar mais rentável em meio ao processo de recuperação judicial
Última atualização: 03/07/2024 12:08
A rede varejista Americanas decidiu unificar os sites e aplicativos do Shoptime e Submarino à marca principal da companhia. O anúncio foi feito pela companhia que enfrenta um processo de recuperação judicial após fraude que resultou em uma dívida de mais de R$ 25 bilhões.
A empresa afirmou que a iniciativa faz parte da nova estratégia digital que tem como intenção fazer de seu shopping virtual um ambiente de lojas oficiais de grandes marcas. Ainda segundo a companhia, a decisão contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente.
"A companhia ressalta que a integração acelera seu plano de transformação e foco, oferecendo novas possibilidades para clientes, parceiros, fornecedores, acionistas e investidores", diz a varejista em nota. A marca Americanas, sob a qual o Shoptime e o Submarino serão integradas, carrega maior tráfego, volume de clientes, lojas e lojas virtuais. A empresa reduziu substancialmente seu comércio eletrônico após a nova gestão adotar uma postura voltada para a rentabilidade.
A partir disso, a operação digital deve representar cerca 20% das vendas da companhia. No passado, o braço virtual chegou a representar até mais de 50% do negócio.
Grandes lojistas, como Samsung e Nestlé, devem ser cerca de três quartos ou mais do shopping virtual da Americanas. No último balanço divulgado, que soma os dados dos primeiros nove meses de 2023, as vendas digitais foram cerca de 29% do total da varejista, com R$ 4,8 bilhões de volume bruto de mercadorias. Na comparação com o mesmo período de 2022, o resultado representa uma queda de 77% no volume.
Shoptime e Submarino
A Americanas adquiriu a Shoptime em 2005, por R$ 126,7 milhões. Um ano depois, a varejista anunciou uma fusão com o Submarino, formando uma nova companhia, a B2W Companhia Global de Varejo, na época com um valor de mercado estimado em R$ 8 bilhões.
*Com informações do Estadão