Inflação nas alturas
Alta no preço das passagens aéreas impacta na inflação e pesa no bolso do passageiro
Uma passagem na véspera do Natal, de Porto Alegre para Guarulhos, não sai por menos de R$ 1,5 mil
Última atualização: 10/12/2024 16:08
Para quem está pensando em passear neste Natal e pretende viajar de avião, é bom preparar o bolso se ainda não comprou as passagens. No dia 23 de dezembro, uma passagem de ida do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, não sai por menos de R$ 1.546,34 e, dependendo do horário, pode passar de R$ 3,5 mil. No sentido inverso, o preço para uma pessoa é de R$ 1.570,92.
Inclusive, a alta das passagens aéreas teve impacto também na inflação do País. Nesta terça-feira (10), foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com uma alta de 0,30% em relação ao mês de outubro, caindo 0,17% em relação ao mês anterior (0,56%).
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O resultado, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), foi influenciado pelas altas no grupo alimentação e bebidas (1,55%), após aumento nos preços das carnes (8,02%); pelas despesas pessoais (1,43%), influenciado pelo aumento do cigarro (14,91%); e pelos transportes (0,89%), já que as passagens áreas tiveram crescimento de 22,65%.
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Gerente da pesquisa no IBGE, André Almeida destacou a influência das passagens aéreas na inflação. “A proximidade do final de ano e os diversos feriados do mês podem ter contribuído para essa alta”, explicou.
Agora, quem quiser viajar no início de 2025, vai encontrar valores menores, embora ainda distantes da faixa de preço que o passageiro costumava pagar. Uma passagem comprada para o dia 6 de janeiro, também para o trajeto Porto Alegre-Guarulhos, fica por R$ 989,62.
Já quem consegue fazer uma viagem planejada poderá economizar se comprar o bilhete aéreo com antecedência. Para o início de março de 2025, a passagem do Salgado Filho até Guarulhos por ser adquirida por R$ 280,34.
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Mudança na tarifa de energia teve impacto
O IBGE observou que a maior queda registrada em novembro veio da habitação, com taxa de -1,53% e -0,24% de impacto no índice geral. O resultado foi afetado pela energia elétrica residencial, que caiu 6,27% em novembro por conta da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Em outubro, a bandeira estava no nível vermelho patamar 2, a mais cara de todas, com a cobrança de R$ 7,877 por 100 kWh.