Após 25 anos de negociações, foi anunciado nesta sexta-feira (6), em Montevidéu, o Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia (UE). Embora ainda existam trâmites a serem cumpridos, com a necessidade de aprovação no Conselho da União Europeia e nos parlamentos dos países dos dois blocos, o passo é comemorado por calçadistas brasileiros.
O acordo prevê a desgravação dos impostos atualmente pagos pelo calçado brasileiro importado nos países do bloco europeu ao longo de 10 anos. Hoje, os calçados comercializados pelo Brasil com a UE pagam tarifas de importação entre 3,5% e 17%.
Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, o mercado europeu é fundamental para as exportações de calçados do Brasil e deverá ser ampliado com o acordo firmado. No ano passado, foram embarcados para países do bloco 18,55 milhões de pares, que geraram US$ 137,57 milhões.
“Certamente, esperamos um impacto importante para as exportações brasileiras, pois teremos preços mais competitivos”, avalia o executivo, destacando, ainda, o potencial da exploração de produtos sustentáveis, cada vez mais valorizados pelos consumidores europeus.
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Produção brasileira
O Brasil é o maior produtor de calçados do Ocidente e quinto maior do planeta, atrás de China, Índia, Vietnã e Indonésia. Neste ano, conforme projeções da Abicalçados, devem ser produzidos mais de 890 milhões de pares, cerca de 15% deles exportados para mais de 160 países.
*Com informações da Abicalçados
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