Setor calçadista destaca a importância do cliente

O sucesso de uma empresa ou marca é construído com credibilidade, confiança e parcerias. No dia 15 de setembro é celebrado o Dia do cliente, uma data criada para reforçar a importância do reconhecimento e da valorização à fidelidade entre o cliente e a empresa. E nesse modelo de trabalho, a indústria calçadista também é resultado dessas parcerias.

Quinto maior produtor de calçados do mundo e o quarto maior consumidor, o Brasil é um exemplo de como o êxito de uma empresa calçadista não depende exclusivamente de ter uma boa ideia para a criação de um sapato, mas da construção de todo o processo, incluindo fornecedores de matérias-primas e o cliente como consumidor final. Na busca pela inovação e na excelência de apresentar um novo produto, o cliente é uma peça-chave que impulsiona o contínuo desenvolvimento no setor, sendo também parte da história da empresa. Assim se constrói um ciclo de inovação e crescimento, que, muitas vezes,vai além dos negócios.

Conexão com clientes e fornecedores

Há 55 anos atuando no ramo de matérias-primas para o mercado calçadista, a FCC (Campo Bom/RS) atesta a importância dos clientes e fornecedores para o sucesso da empresa. Conforme o CEO da FCC, Marcelo Reichert, a empresa busca entender as necessidades do mercado para desenvolver produtos que aumentem o sucesso dos clientes. “Para isso, investimos em um diálogo contínuo e construtivo, além de pesquisas e de análises de mercado. E o principal, implantamos a cultura da cocriação, em que temos os nossos próprios clientes como aliados na construção das melhores soluções. As principais inovações que lançamos foram desenvolvidas a muitas mãos”, destaca. Para manter o bom relacionamento e sólidas parcerias, Reichert afirma que é preciso dar espaço à interação e ao diálogo: “Ouvir atentamente o cliente e entender de que forma é possível fazer a diferença e atender às suas necessidades é a chave de uma relação sustentável e de sucesso.”

O impacto das parcerias no setor

Gerente de Suprimentos da Bibi (Parobé/RS), Ismael Fischer, diz que as parcerias são essenciais para a inovação, sustentabilidade, design e diferenciação do produto. Com produção 100% nacional e 98% das matérias-primas nacionais, a relação com os fornecedores visa também os benefícios sociais e ambientais: “Muitos produtos e projetos foram lançados em parceria com fornecedores.” A conexão com o cliente é outro pilar do sucesso. “Nas nossas lojas podemos apresentar melhor o produto, falar sobre sustentabilidade e aplicar experiências diferentes para o cliente, que merece esse tipo de contato, onde possa entender e valorizar o que está comprando”, aponta.

Inovação e tecnologias

Segundo o CEO da Usaflex (Igrejinha/RS), Sergio Bocayuva, a fabricação de calçados no Brasil fornece produtos inovadores e preços competitivos. Com um DNA atrelado à tecnologia e inovação aos sapatos, a Usaflex investe em ferramentas que agreguem eficiência e satisfação do cliente. Bocayuva cita a estratégia da entrega rápida. “O cliente entra no nosso site, escolhe o produto, e busca a loja mais perto, e em até duas horas, ocorre a entrega”, explica. Essa é uma forma de otimizar o tempo do cliente. “Cada vez mais o cliente busca o diferencial de atendimento exclusivo e encantá-lo faz parte do show. Isso nos faz ter um público cada vez mais cativo e consciente do respeito que a marca tem com ele.”

Confiança e encantamento

A indústria calçadista é como uma montadora, depende dos dois polos: o fornecimento e o cliente. E a Democrata define o que representa para o cliente e o que o cliente espera de nós”, diz o diretor comercial da Democrata (Franca/SP), Marcelo Paludetto. “Buscamos as novidades no mercado, mantemos o que já utilizamos, sempre alinhando as expectativas do consumidor com a viabilidade do fornecimento de matéria-prima, componentes ou maquinário”, explica. “Todo tipo de relacionamento passa pela confiança e encantamento, seja com o fornecedor, cumprindo o que foi acordado, ou com o consumidor comprando um produto que atenda suas expectativas com um bom custo-benefício.”

Velocidade nas estratégias

A importância dos clientes é a razão da existência da indústria de transformação, e no meio do caminho estão os lojistas que fazem a distribuição dos nossos produtos”, afirma o gerente de operações da Dass (Novo Hamburgo/RS), Renato Elano Sohne. Ele reforça a necessidade das parcerias, especialmente com as rápidas mudanças na moda e costumes. “As cadeias devem estabelecer estratégias com antecedência para minimamente responder com rapidez e assertividade em relação às demandas que vêm dos nossos clientes e fornecedores”, avalia. Sohne diz que manter o bom relacionamento requer estratégia, tempo, investimento e boas práticas de gestão. “A própria tecnologia nos impulsiona para a melhoria contínua e o próprio mercado exige isso de nós”, aponta.

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