A escoliose idiopática é uma curvatura anormal da coluna vertebral de causa desconhecida. É a escoliose mais comum, representa 80% dos casos e é geralmente diagnosticada na adolescência.
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A melhor notícia é que 80% dos caso não há necessidade de cirurgia. O diagnóstico precoce é fundamental para o manejo, por isso é importante que a família fique atenta a alguns aspectos na coluna dos seus filhos:
- ALINHAMENTO DOS OMBROS
- SILHUETA DA CINTURA
- SALIÊNCIA NAS COSTELAS
Essas são as manifestações que conseguimos perceber. Uma dúvida muito frequente é se o peso das mochilas escolares causam escoliose: não há evidência que cause, porém pode contribuir para má postura, desequilíbrio do tronco, dor e agravar casos diagnosticados. A escoliose é classificada em leve, moderada e grave conforme o grau das curvas. Curvas até 20 graus são leves, curvas de 20 a 40 graus moderada e curvas acima de 40 graus são graves.
O tratamento depende da gravidade da curvatura, do potencial de crescimento do paciente e de outros fatores individuais.
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As abordagens principais incluem
OBSERVAÇÃO: Em casos de escoliose leve (geralmente curvaturas menores que 20 graus), o médico pode recomendar apenas acompanhamento regular para monitorar se a curvatura piora, especialmente durante os períodos de crescimento rápido.
USO DE COLETE: Para curvaturas moderadas (geralmente entre 20 e 40 graus) em pacientes que ainda estão crescendo, o uso de um colete pode ser recomendado. O colete não corrige a curvatura, mas pode impedir que ela piore. O tipo e a duração do uso do colete dependem da gravidade da curva e da fase de crescimento.
CIRURGIA: Em casos graves (geralmente curvaturas acima de 45 a 50 graus), a cirurgia pode ser recomendada para corrigir a curvatura e evitar que ela progrida. O procedimento mais comum é a fusão espinhal, onde as curvas são corrigidas através do uso de parafusos e hastes rígidas que mantêm as vértebras alinhadas e que será realizada a fusão delas impedindo a progressão da escoliose.
FISIOTERAPIA, EXERCÍCIO E TERAPIAS: Embora não haja consenso sobre a eficácia dos exercícios específicos para corrigir a curvatura, eles podem ajudar a fortalecer a musculatura, melhorar a postura e aliviar a dor associada. Algumas pessoas buscam terapias como quiropraxia, acupuntura ou osteopatia para ajudar no controle da dor, mas a eficácia dessas abordagens no tratamento da curvatura da escoliose não é comprovada. O tratamento deve ser individualizado, considerando a idade do paciente, o grau da curva e outros fatores de saúde. Um especialista em ortopedia ou um fisioterapeuta especializado em escoliose pode fornecer orientação personalizada.
Como é a cirurgia?
É realizada através de um corte localizado na parte de trás das costas. O tamanho do corte dependerá do tipo de escoliose. São introduzidos inicialmente parafusos metálicos nas vértebras e após utilizamos as hastes rígidas associadas a um sistema de correção para desfazer as curvas, alinhar de forma mais reta possível a coluna e fixar as vértebras.
Um aspecto fundamental que proporcionou mais segurança nas cirurgias de escoliose foi a neuromonitorização intraoperatória da função do sistema nervoso, particularmente a medula espinhal e os nervos periféricos, em tempo real. O objetivo é detectar precocemente qualquer alteração neurológica que possa ocorrer durante a cirurgia, permitindo que o cirurgião tome medidas imediatas para evitar qualquer tipo de dano. O paciente geralmente fica hospitalizado por 3 a 7 dias. Nos primeiros dias, a dor é manejada com medicação e iniciamos a mobilidade. A maioria dos pacientes começa a andar no dia seguinte à cirurgia. Após a alta o paciente vai para casa realizando todas suas atividades cotidianas de higiene, mobilidade, alimentação e outros. Em 30 dias é liberado atividades físicas leves, como caminhadas e natação. A recuperação completa se dá após fusão óssea que leva vários meses para ocorrer completamente. Durante esse período a rotina normal já foi estabelecida.
A cirurgia de para escoliose idiopática tem uma alta taxa de sucesso em corrigir a curvatura e melhorar a qualidade de vida do paciente. A maioria dos pacientes experimenta uma redução significativa na curvatura e consegue retornar a atividades normais com o tempo. Como qualquer procedimento cirúrgico há riscos, mesmo que baixos estatisticamente devem ser discutidos. A decisão de operar deve ser bem discutida entre o paciente, a família e a equipe médica.
Saiba Mais
Dr. Thiago S. dos Santos | CRM 28145
Membro do EndoColuna Brazil | Membro da Sociedade Brasileira da Coluna | Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia | Membro do Grupo de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Regina
Contatos: (51) 99156-9061 | @drthiagosoaress | drthiagosoarescoluna.com.br
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