Mais do que práticas de construção e planejamento urbano, a Arquitetura e o Urbanismo são os pilares que moldam a maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos nas cidades. Enquanto a Arquitetura se concentra na criação de edifícios e espaços que atendem às necessidades humanas e ao contexto cultural, o Urbanismo foca na organização e gestão do ambiente urbano, buscando soluções sustentáveis e inclusivas para as demandas das cidades atuais, ambas desempenhando um importante papel na definição dos espaços urbanos e na melhoria da qualidade de vida das populações.
Na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) de Canoas, a graduação em Arquitetura e Urbanismo é a atividade presencial mais antiga na instituição, existente há 50 anos, com uma abordagem inovadora, integrando teoria e prática às necessidades contemporâneas.
“O curso tem um forte foco na prática de projetos, contemplando, no mínimo, dez disciplinas de ateliê de arquitetura. O estudante desenvolve habilidades para lidar com desafios em diferentes contextos e escalas, desde espaços urbanos até o design de mobiliário, passando pelo conceito de um edifício, seu paisagismo e detalhamento construtivo, aprendendo a resolver problemas de temas e graus de complexidade variados”, ressalta o coordenador do curso, Diego Willian Nascimento Machado.
O curso habilita o estudante a atuar em 11 áreas: Arquitetura e Urbanismo, Arquitetura de Interiores, Arquitetura Paisagística, Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico, Planejamento Urbano e Regional, Topografia, Tecnologia e Resistência dos Materiais, Sistemas Construtivos e Estruturais, Instalações e Equipamentos, Conforto Ambiental e Meio Ambiente. O ingresso no curso de dez semestres ocorre por vestibular online, nota do Enem, transferência ou segunda graduação. Mais informações estão em ulbra.br/vestibular.
Desenvolvimento sustentável
Com uma formação prática, os estudantes são preparados para contribuir para a melhoria dos espaços urbanos e arquitetônicos, trazendo soluções criativas e sustentáveis para o mundo real. Para o professor Diego, a sustentabilidade é uma das principais práticas arquitetônicas na atualidade: “É preciso adotar materiais sustentáveis, eficiência energética e a criação de edifícios verdes e cidades inteligentes que respeitem o meio ambiente e as comunidades.”
A professora Andréa Feldmann também destaca a importância do curso para o desenvolvimento das cidades de forma sustentável, ressaltando a necessidade de intervenções planejadas e embasadas em diagnósticos detalhados das áreas de atuação.
Segundo ela, o foco da sustentabilidade no urbanismo está nas pessoas e na compreensão detalhada das características e potencialidades do local onde se pretende intervir. “Isso é uma maneira de enfocar a sustentabilidade, ou seja, ver a microeconomia local de alguma particularidade daquela região e daquelas pessoas”, observa.
Ambientes de convívio social e reconstrução do Estado
Além do desenvolvimento sustentável, a Arquitetura e Urbanismo também é fundamental para a criação de melhores ambientes de convívio social. A professora Andréa ressalta que espaços como praças, que serviram como locais de encontro e trocas sociais, precisam ser resgatados. Nesse sentido, o urbanismo tem o papel de promover o resgate do convívio a esses locais, com um diagnóstico focado nas particularidades e potenciais de cada área.
Para Andréa, a Arquitetura e Urbanismo também contribui para a reconstrução de cidades e espaços, como os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. “Acredito que a área pode contribuir muito, tanto na construção das casas, quanto no ambiente urbano”, afirma. Ela sugere que o planejamento urbano cuidadoso é essencial para a criação de novos lugares seguros, devidamente estudados e configurados para atender às necessidades da população em um cenário de reconstrução.
Perspectivas para o futuro
Aluna do quarto semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, Vanessa Lopes, 24 anos, teve o primeiro contato com a área no emprego em Segurança do Trabalho, com arquitetos e engenheiros. Isso despertou lembranças de infância, quando desenhava casas e criava casinha de boneca com caixinhas de remédio. “Nunca imaginei levar isso para a área da arquitetura. Agora estou estudando e às vezes lembro que eu amava fazer essas coisas desde criança e nunca tinha me tocado”, relata. “O curso está sendo muito mais do que eu imaginava. Já conheci muitas áreas para seguir, muita história e culturas diferentes.” Vanessa ainda está explorando possibilidades na área, mas tem uma preferência: “Sempre que alguém me pergunta o que mais gosto, é a arquitetura residencial e interior. Até o momento, gostei mais do que projetar a casa.”
Redescobrindo uma paixão antiga
Estudante do sexto semestre, Vitória Silva, 20, sempre teve interesse na área. “Era daqueles desejos que a gente deixa de lado”, conta. O sonho voltou ao ver de perto a rotina de sua coordenadora no emprego, aluna de Arquitetura na Ulbra. Hoje, o que mais chama a atenção de Vitória é a Arquitetura Institucional. “Ela foca mais no projeto de edificações para uso coletivo e a sociedade, como centros culturais, universidades, mais voltadas às instituições públicas ou privadas para um bem coletivo.”
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