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Estudantes de Medicina da Ulbra atuam no mutirão de saúde contra a dengue

Sob supervisão, alunos atendem pacientes na Região Metropolitana

Publicado em: 03/05/2024 10:09
Última atualização: 03/05/2024 10:28

Os municípios da Região Metropolitana estão mobilizados para enfrentar o maior surto de dengue da história recente do país. Como parte desse mutirão da saúde, estudantes do curso de Medicina da Ulbra em Canoas estão na linha de frente de combate à doença em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os atendimentos são feitos por médicos residentes, que cursam pós-graduação, e também por estagiários em Medicina de Família e Comunidade, do 9º e 12º semestres. “Aprendi a diagnosticar a dengue e já me sinto segura de como identificar os casos”, garante Inaiara Goldani Laguna, graduanda do 9º semestre do curso de Medicina da Ulbra.

De acordo com o médico Mauricio Pires, professor de Medicina da Ulbra e coordenador do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, o Brasil sofre com o surto de casos de dengue em todo o território nacional. “Os pacientes passam pelo acolhimento e são atendidos pelos nossos estagiários e médicos residentes, obviamente com supervisão dos preceptores, dentro dos protocolos para atendimentos da dengue”, explica.

Médicos residentes e estagiários realizam atendimentos em Unidade Básica de Saúde da Região Metropolitana Foto: Divulgação/Ulbra

Realidades da população

O médico ressalta ser “muito importante, dentro do processo de aprendizado, que os estudantes estejam à frente das realidades de saúde da população, inclusive em casos de doenças agudas, como o surto de dengue. É necessário que os alunos desenvolvam habilidades e competências para diagnosticar e tratar em tempo hábil”, explica Pires. “Nossos graduandos chegam diante de um paciente com quadro clínico clássico ou suspeita de dengue e sabem como abordar, fazer o diagnóstico clínico e como pedir os exames, investigar e prescrever o tratamento adequado”, diz o coordenador.

É preciso atenção aos sinais de alarme

"É necessário reconhecer os sinais de alarme frente as variantes mais complexas. Muitos casos são mais brandos, mas há pacientes de dengue que necessitam de um acompanhamento mais especializado, com exames, e alguns, inclusive, com risco de morte”, conta Pires. “Além dos muitos casos de dengue, os alunos atendem todos os problemas de saúde da população que recorre à UBS”, enfatiza o coordenador.

A estudante Inaiara destaca a importância de ter esse contato prático na UBS: “Aprender a fazer a prova do laço, por exemplo, que é um teste para diferenciar um paciente grave do não grave. É um teste simples, feito com estetoscópio e esfigmomanômetro, aparelho destinado a medir a pressão arterial e que torna mais seguro o diagnóstico”, especifica. “Em dois anos, estarei formada e fazendo plantões em unidades de saúde como esta, da capital e do interior, e já apta a lidar com surtos como o da dengue”, acrescenta a aluna, que atende na UBS União, no bairro Mathias Velho, em Canoas. 

Residente destaca importância da Medicina de Família e Comunidade

A médica residente de Medicina de Família e Comunidade pela Ulbra, Yasmin Podlasinski, também atende na UBS União. “Os pacientes chegam com sintomas generalistas, como febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor nos olhos, desânimo, diarreia, e temos que saber fazer a triagem dessas pessoas para não confundir com problemas respiratórios e delimitar se é covid, influenza ou dengue”, comenta.

Segundo a médica residente, na segunda quinzena de abril os casos de dengue se intensificaram na Região Metropolitana. A proposta da Medicina de Família e Comunidade, explica Yasmin, é de um atendimento em continuidade. “Procuramos acompanhar o paciente. Dependendo do estágio, a gente pede o retorno em dois dias. Quando o caso é mais grave, solicitamos retorno diário”, explica.

Isadora Saurin Ritterbusch, estagiária do 9º semestre Foto: Divulgação/Ulbra

Saiba mais

De janeiro a março, o Brasil registrou mais de 2,3 milhões de casos prováveis de dengue na pior crise sanitária relacionada ao vírus transmitido pelo Aedes aegypti. As mudanças climáticas favoreceram a proliferação do mosquito no território gaúcho. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde. Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e, pelo menos, duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde

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