CONTEÚDO DE MARCA
Campo Bom celebra 65 anos de olho no futuro
Cidade do Vale do Sinos se destaca pela diversidade da economia, investimentos em saúde e educação e crescimento sem perder "a cara de interior"
Última atualização: 31/01/2024 09:48
O pioneirismo sempre esteve presente na história de Campo Bom. A cidade do Vale do Sinos foi a primeira a exportar calçados no País. Foi a primeira, também, a construir uma ciclovia na América Latina — hoje, com mais de 22 mil metros de extensão. Emancipada de São Leopoldo em 31 de janeiro de 1959, Campo Bom comemora seus 65 anos, nesta quarta-feira (31), de olho no futuro.
Assim como seu nome — recebido pelos tropeiros que conduziam o gado dos Campos de Cima da Serra para Porto Alegre como um bom lugar para descansar à sombra de árvores —, o município é um “vale verdejante” para o desenvolvimento econômico e social e está entre as melhores cidades gaúchas no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese).
De acordo com o prefeito Luciano Orsi, o diferencial da cidade está na sua população, com DNA empreendedor. “Já passamos por diversos ciclos: oleiro, calçadista e tecnológico. Nesses 65 anos, tivemos uma intensa diversificação da matriz econômica. No entanto, mantemos aquele ar de cidade do interior, onde as pessoas se conhecem”, destaca. Para Orsi, o maior ativo da cidade é a qualidade de vida. “Um lugar onde as pessoas gostam de morar, que tem trabalho e renda, mas também tem verde, esportes ao ar livre e espaços para se divertir, e isso a gente potencializou, se dedicou a manter e melhorar ainda mais na nossa gestão”, frisa.
E esse gosto pela cidade também é resultado dos avanços conquistados nos últimos anos. De acordo com o prefeito, 2023 foi um momento de colher bons frutos na educação, meio ambiente, saúde e segurança pública. “Tivemos a inauguração do Centro Vida, que é o maior centro público de especialidades médicas da região; além da criação da guarda municipal, que já completou um ano; e reforma da emergência do hospital Lauro Reus”, pontua, ao destacar ainda a assinatura de contratos do Distrito Industrial e a distribuição de uniformes gratuitos para todos os alunos da rede municipal.
“É uma grande alegria termos a cidade que temos. A gestão pública tem tido um papel importantíssimo desde a sua emancipação. Avançamos muito nesses últimos anos. São investimentos que dão suporte para que a cidade continue crescendo na sua qualidade de vida para a população”, avalia Luciano Orsi.
A história
Campo Bom foi colonizada a partir de 1825. Passou à categoria de Vila, com a realização de algumas obras públicas que contribuíram para a diversificação das indústrias e serviços. O período de urbanização veio em 1959, juntamente com a emancipação, quando deixou de pertencer a São Leopoldo. Durante essa transição, a economia passou por diversas fases. As atafonas, as olarias e as indústrias calçadistas formaram esse processo. Atualmente não há mais atafonas, mas sim olarias. O calçado é responsável pela maior parte da economia, embora no final da década de 1990 tenha ocorrido uma grande diversificação no parque fabril da cidade, com a implantação do Loteamento Industrial Sul e do Distrito Industrial Norte. Hoje, o município conta também com uma incubadora empresarial, além de receber pesados investimentos para atração de empresas e formação profissional de mão de obra qualificada.
Pioneirismo
- Em 1968, Campo Bom foi o primeiro município do Brasil a exportar calçados. Aqui também aconteceu, em 1961, a 1ª Feira Nacional de Calçados, que originou a Fenac.
- No município, foi construída a 1ª Ciclovia da América Latina.
- A 1ª Igreja de Culto Evangélico do Sul do Brasil foi construída em Campo Bom, sendo também uma das primeiras do País, e a 1ª Escola Evangélica do Sul do Brasil.
- De acordo com o primeiro Ranking Nacional de Dispensa de Alvarás e Licenças, elaborado pelo Ministério da Economia em maio de 2021, Campo Bom foi o 4º município do Brasil e o 1º da Região Sul que mais isentou de licenças atividades econômicas de baixo risco (582).