Conteúdo Especial | Núcleo 360
Ser mais sustentável, aumentar a competitividade, garantir a segurança e contribuir com o meio ambiente. Esses foram alguns dos motivos que levaram o empresário Marcio Brick Peres a trocar a matriz energética da planta industrial da Dauper, em Canela. Com mais de três décadas, a fábrica de biscoitos passou a usar o gás natural como principal fonte de energia para produzir seus biscoitos.
Considerada referência no mercado de co-manufacturing, é da planta fabril gaúcha que saem algumas das delícias das marcas CacauShow, Nestlé, Bauducco, Hershey’s, entre outras. Além, é claro, dos produtos de marca própria, liderados pelos famosos cookies. “Optamos pelo gás natural pela relação custo-benefício, além de garantir um custo adequado no futuro da operação”, afirma Peres. É o gás encanado da Sulgás que permitirá, a partir de agora, a produção de 12 mil toneladas por ano de biscoitos pela Dauper. “Minha dica para os empresários é fazer as contas e ver o que faz sentido para o seu negócio”, aconselha o executivo.
Após a inauguração da rede de 35 quilômetros entre Igrejinha e Gramado, no mês de agosto, a Sulgás passou pelo processo de expansão na cidade. De acordo com Silvio Del Boni, diretor comercial da companhia, os dutos dentro do município permitem que empreendimentos possam trocar sua fonte de energia, interligando seus sistemas com o da Sulgás. “O gás natural é comprovadamente um processo mais seguro e sustentável, proporcionando às indústrias diversos benefícios, como não ter mais a necessidade de armazenamento de combustíveis e fornecimento contínuo, garantindo confiabilidade de processos”, observa.
Responsável pela distribuição de gás natural no Rio Grande do Sul, a Sulgás conta com 30 anos de eficiência e trabalho voltado para o desenvolvimento do Estado. “Hoje, a Sulgás é uma empresa 100% privada, que em um ano e meio sob novo modelo de operação já investiu R$ 100 milhões na expansão da rede, em tecnologia, em pessoas, na conquista de novos clientes e em processos ainda mais seguros e eficientes”, salienta Del Boni.
ENTREVISTA | Sílvio Del Boni, diretor comercial da Sulgás
Em relação ao uso do gás natural nas empresas, como a Sulgás leva esse gás até a planta fabril? É necessário um pedido especial pela empresa? Quem arca com o custo da obra até o parque fabril?
O processo de contratação é realizado por consultor especializado da Sulgás que, em contato com as empresas, seja por chamado delas ou por inteligência de Leads de mercado, identifica todas as características e customiza uma solução. A Sulgás custeia as obras do gasoduto até o parque fabril.
Quais os benefícios da implantação do gás natural numa indústria? Como fica a questão da segurança?
O processo de implantação é semelhante aos demais segmentos, com a construção do gasoduto, a conexão do gasoduto com a empresa, instalação dos equipamentos de medição da Sulgás e adequação aos processos produtivos de cada indústria. O gás natural é comprovadamente um processo mais seguro e sustentável, proporcionando às indústrias diversos benefícios, como não ter mais a necessidade de armazenamento de combustíveis e fornecimento contínuo, garantindo confiabilidade de processos.
Falando pontualmente sobre Canela e Gramado, quais os desafios de atender as empresas da região com gás natural considerando a geografia do local? Há perdas por conta de ser Serra?
Não há diferença de processos em Gramado e Canela. O grande desafio foi a construção do duto na serra, etapa já superada. O gás natural é inclusive mais eficiente do que alguns dos principais energéticos concorrentes. Com o GLP, por exemplo, que se encontra em estado líquido nos reservatórios há risco de congelamento em temperaturas baixas como é, por exemplo, o inverno em Gramado e Canela. Por estar sempre no estado gasoso, o gás natural não tem este risco. Em relação ao óleo combustível, o efeito mais sentido é o da sustentabilidade, pois o gás natural é um energético mais limpo na queima. Em resumo, só há vantagens em usar gás natural da Sulgás.