Circula pelas redes sociais um vídeo no qual o deputado estadual Bim da Ambulância (AVANTE-MG) afirma que estava sendo impedido de abastecer o helicóptero usado por ele para entregar donativos às vítimas das tragédias no Rio Grande do Sul. Segundo as publicações, apenas aeronaves militares poderiam ser abastecidas. É falso.
Foto: Isaías Rheinheimer/ GES-Especial
Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Vergonha!! Combustível apenas para as aeronaves militares (…) Estamos carregados. Não temos autorização para abastecer [o helicóptero]”
– Trecho de legenda de vídeo que circula nas redes:
Falso.
Em nota, a Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul negou que o governo do estado estivesse impedindo aeronaves particulares, que auxiliam a população atingida pelas enchentes, de abastecerem. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o helicóptero mostrado no vídeo que circula nas redes abasteceu 460 litros de combustível entre os dias 9 e 12 de maio de 2024, sendo dois abastecimentos de 120 litros e um de 100 litros no dia 9, e outro abastecimento de 120 litros no dia 12 — data da gravação do vídeo. Ou seja, o combustível não foi disponibilizado apenas para aeronaves militares, como afirma a publicação.
A pasta também destacou que, no dia mencionado, a Academia de Polícia Militar, utilizada como ponto de abastecimento, contava com um elevado volume de tráfego aéreo, incluindo 21 helicópteros militares.
A Lupa contatou, por telefone, o deputado estadual Bim da Ambulância (AVANTE-MG), que foi o responsável por registrar o incidente, e o parlamentar confirmou que conseguiu abastecer a aeronave.
Segundo ele, o vídeo que está circulando nas redes foi gravado em 12 de maio, na Academia de Polícia Militar do Rio Grande do Sul. Ele explicou que houve um imbróglio sobre o abastecimento das aeronaves. Após uma discussão entre os oficiais responsáveis pela operação no local, o helicóptero foi abastecido — com 120 litros de combustível, segundo a Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul.
“Veio uma ordem de um comandante, não sei o nome, para os militares que ali se encontravam que era para parar o abastecimento das aeronaves civis daquele posto, mesmo se pagasse não poderiam abastecer. Depois de muita discussão entre eles, veio a autorização de poder abastecer”, relatou o deputado.
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