X NO BRASIL

X DE VOLTA: Moraes determina retorno da rede social suspensa no Brasil há mais de um mês

Decisão ocorre após a plataforma cumprir todas as ordens do STF e pagar R$ 28,6 milhões em multas para voltar a operar no País

Publicado em: 08/10/2024 17:34
Última atualização: 08/10/2024 18:11

Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) informar nesta terça-feira (8), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é a favor do retorno do X (antigo Twitter), o magistrado determinou o desbloqueio da rede social. A informação é da CNN.


X, antigo Twitter, foi bloqueado no Brasil há mais de um mês Foto: Mati Mango/Pexels

Moraes mandou notificar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que a decisão seja comunicada aos provedores de Internet.

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A decisão ocorre após a plataforma cumpriu todas as ordens do STF e pagar R$ 28,6 milhões em multas para voltar a operar no País.

No parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviado ao STF, foi ressaltado que com o pagamento das multas, não havia mais razão para manter o bloqueio. Gonet conclui que os fundamentos que justificaram a suspensão foram superados e que, neste momento, não há motivos que impeçam as atividades da empresa.

O bloqueio do X

O bloqueio do X foi decretado por Alexandre de Moraes em 30 de agosto e, posteriormente, confirmado pela Primeira Turma do STF. A rede social saiu do ar porque fechou o escritório no Brasil e se recusou a manter um representante que pudesse responder pelas operações e receber notificações judiciais.

O X também foi multado por descumprir decisões do STF para suspender perfis e por burlar a decisão que tirou o aplicativo do ar. A plataforma precisou desembolsar R$ 28,6 milhões para cobrir as multas. O pagamento atrasou a decisão sobre o retorno da rede social.

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Segundo Moraes, o dinheiro foi depositado na conta judicial errada, embora a plataforma tivesse "pleno conhecimento" da conta correta. O X, por sua vez, alegou que o pagamento foi feito por meio de uma guia de depósito judicial - uma espécie de boleto bancário - emitida pela Caixa Econômica por orientação do próprio STF. O ministro preferiu aguardar a transferência do dinheiro para a conta correta antes de tomar uma decisão.

As multas do X:

  • R$ 10 milhões por descumprir, em dois dias (19 e 23 de setembro), a decisão que determinou a suspensão da plataforma no Brasil. O X usou IPs dinâmicos, o que permitiu que o aplicativo voltasse a funcionar temporariamente para alguns usuários brasileiros;
  • R$ 300 mil por dificultar o recebimento de intimações judiciais. A multa foi imposta à advogada Rachel de Oliveira, representante legal do X;
  • R$ 18,3 milhões por descumprir decisões do STF para suspender perfis investigados por espalhar fake news, discurso de ódio e ataques às instituições.

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