"ME SENTIA UM LIXO"
"Vou começar tudo do zero": Conheça a traficante que se entregou à polícia após pedido do filho de 6 anos
Marcela era chefe do tráfico de drogas em Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo. Ela estava na lista das mais procuradas do estado
Última atualização: 08/08/2023 14:45
Uma das mulheres mais procuradas do Espírito Santo se entregou à polícia neste domingo (6), após um pedido do filho de seis anos. Marcela Ferreguete tem 23 anos, e é suspeita de chefiar o tráfico de drogas em Santa Teresa, na Região Serrana do estado capixaba. A mulher estava foragida há um ano e vivia no bairro Alto Lage, em Cariacica, na Grande Vitória.
Além da criança de seis anos, Marcela tem outros três filhos, sendo que o mais novo tem nove meses de idade.
Conforme o delegado Leandro Barbosa, da Delegacia de Santa Teresa, Marcela estava há anos trabalhando no tráfico de drogas do bairro Vila Nova, no município.
“Responde a três processos criminais por tráfico de drogas e há anos se dedica ao tráfico de drogas da cidade”, falou o delegado.
O portal G1, também que falou que em junho deste ano, a mulher já estava na lista das mulheres mais perigosas do Espírito Santo, junto com outras quatro mulheres com idade entre 23 e 53 anos.
Em uma entrevista à TV Gazeta, Marcela disse que “caiu na real” e decidiu se entregar à polícia.
“Eu vivia em um mundo de ilusão e estava cansada de fugir. Me sentia um lixo”, falou a mulher, que tinha passagens por tráfico e associação ao tráfico.
A mulher declarou que vivia em um mundo de ilusões, cheio de armas, drogas, curtição e dinheiro. Para ela, apesar de ter tudo isso, as consequências não valiam a pena. “Vou começar tudo do zero depois que sair de lá. Vou cuidar dos meus filhos.”
No momento da prisão, Marcela falou à TV Globo: “Meu filho de seis anos pedia para eu me entregar. Foi no momento em que caí na real e falei: ‘Vou me entregar’.”
Passagens anteriores
Segundo a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), Marcela já havia sido presa anteriormente. Ela entrou e saiu do sistema prisional em abril de 2018 pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas. Em 2021, novamente ela deu entrada no sistema e, em janeiro de 2022, passou a cumprir prisão domiciliar.
O delegado Leandro Barbosa informou, em junho deste ano, à Justiça que a mulher não estava cumprindo a prisão domiciliar alusiva a um dos três processos em andamento contra ela. Barbosa salientou que Marcela estava com um mandado de prisão preventiva em aberto pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.