Quanto mais a Polícia Civil descobre sobre as circunstâncias da morte do médico Gabriel Rossi, de 29 anos, mais o crime se mostra planejado para dar fim à vida do gaúcho. Além de dar mais detalhes sobre o caso, e a identificação dos quatro suspeitos, presos em Minas Gerais na segunda-feira (7), os responsáveis pela investigação informaram em coletiva de imprensa realizada na terça (8) qual era a dívida da mulher apontada como mandante do assassinato e quanto foi pago por ela aos matadores.
Conforme o delegado Erasmo Cubas, chefe da Seção de Investigações Gerais (SIG) do 1º Distrito Policial de Dourados, Bruna Nathália de Paiva, 29, era amiga pessoal da vítima e chefiava um grupo especializado em aplicar golpes com cartão de crédito. O médico, inclusive, fazia parte da quadrilha. As informações são do portal Gaz.
Ainda de acordo com Cubas, “ele emprestava documentos, recebia através disso cartões virtuais para compras e participava de fraudes para obter benefícios de pessoas mortas”. Além disso, Rossi emprestava documentação, fazia o saque e repassava dinheiro para o grupo, recebendo uma parcela.
O esquema teria durado um período, até que o gaúcho se envolveu em uma situação que gerou um montante maior do que o que Bruna teria pago – a cobrança era de cerca de R$ 500 mil. A vítima teria ameaçado a mulher de que, se não recebesse o valor, entregaria o grupo, visto que sabia qual era o funcionamento dos golpes.
Foi então que Bruna decidiu matar Rossi. Ela teria pago R$ 150 mil, mais as despesas de viagem e hospedagem para três homens matarem o médico. Cada um teria recebido R$ 50 mil. Os quatro envolvidos foram presos onde residem, na cidade de Pará de Minas, em Minas Gerais, na manhã de segunda.
O espaço está aberto para posicionamento da defesa.
O crime
Rossi desapareceu em Dourados em 27 de julho. Na quarta-feira da semana passada (2), foi registrado um Boletim de Ocorrência de desaparecimento em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, cidade onde a vítima nasceu.
Um dia depois, na última quinta (3), o corpo foi encontrado dentro de uma casa de locação diária, com as pernas e mãos amarradas.
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