TSE
Veja quais políticos vão pagar multa por associar Lula ao satanismo
Além dos deputados e senadores, influenciadores também foram acusados de propaganda eleitoral negativa
Última atualização: 23/05/2024 15:26
Senadores e deputados terão que pagar R$ 30 mil por conta de publicações nas redes sociais onde associaram o presidente Luiz Inácio da Silva ao satanismo, durante as eleições de 2022. A decisão é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi publicada nesta quinta-feira (23).
Foram multados os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Carla Zambelli (PL-SP), assim como os senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG).
Dos 7 ministros do TSE, 5 votaram a favor da multa por propaganda eleitoral negativa. Além dos políticos, Victor Stavale, que aparece no vídeo compartilhado, e outros dois influenciadores - Bárbara Zambaldi e Leandro Ruschel - terão que pagar R$ 5 mil pelo mesmo motivo.
Nas postagens, foram feitos comentários dizendo que os apoiadores de Lula seriam ligados ao satanismo, enquanto que os apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição, seriam ligados ao cristianismo e ao bem.
O que dizem os lados
A defesa dos parlamentares alegou que eles apenas compartilharam a postagem de Stavale, que se apresenta publicamente como satanista. Os advogados argumentaram que não seria possível supor que o influenciador mentia ao se dizer apoiador de Lula.
Para os ministros, porém, independentemente da veracidade ou não das declarações de Stavale, os parlamentares agiram com intenção ao tentar fazer uma falsa associação entre Lula e seus apoiadores com o satanismo.
Já o lado vencedor, diz que o vídeo do influenciador foi uma "armação", uma vez que, antes de publicá-lo, ele já havia se posicionado contrário à candidatura de Lula, e teria declarado o falso apoio unicamente para comprometer o candidato.
"O satanista, antes dessa postagem única, já tinha várias postagens e uma entrevista declarando claramente a sua antipatia à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva", disse o presidente do TSE, ministro Alexandre de Mores.