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GOLPES

Veja o que atores pornôs faziam para extorquir empresários casados

Entre as vítimas escolhidas pelos golpistas estão pessoas com alto poder aquisitivo e servidores públicos de alto escalão em Brasília

Publicado em: 14/04/2023 às 11h:44 Última atualização: 04/03/2024 às 09h:08
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Dois atores pornôs que se passavam por garotos de programa foram presos pela Polícia Civil em São Paulo. Os detidos na operação de quinta-feira (13) extorquiam empresários casados e servidores públicos de alto escalão.

Os dois suspeitos, de 22 e 27 anos, que não tiveram as identidades reveladas. Também foram cumpridos dois mandados de busca, com apreensão de celulares e computadores dos suspeitos.

Atores pornôs que extorquiam dinheiro de homens casados sob ameaça de divulgar fotos e conversas são presos



Atores pornôs que extorquiam dinheiro de homens casados sob ameaça de divulgar fotos e conversas são presos

Foto: PCDF/Reprodução

A Operação Laqueus (armadilha, em latim) foi desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal, onde a dupla fez vítimas, e contou com o apoio da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Estado de São Paulo, localizada na capital.

As investigações duraram cinco meses. Foi apurado que os dois jovens atores se utilizavam de sites que ofereciam serviços de acompanhantes voltados para o público LGBTQI+ para localizar possíveis vítimas. Eles postavam anúncios falsos nesses sites e ofereciam serviços sexuais.

Por meio de conversas em que ganhavam a confiança dos interlocutores e de buscas em redes sociais, os criminosos levantavam informações pessoais sobre as vítimas para depois chantageá-las. Além disso, os autores trocavam fotos e vídeos de cunho sexual para ter material disponível para a extorsão. Foi apurado que os suspeitos, residentes em São Paulo, faziam anúncios fakes em outras cidades e fizeram vítimas também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Macaé (RJ), Maringá (PR), Florianópolis e Brasília.

As investigações apontaram que os suspeitos miravam pessoas com poder aquisitivo elevado e que fossem casadas. “Quando identificavam uma vítima que se encaixava nesse perfil, e de posse desses vídeos e fotos, eles se revezavam na extorsão, exigindo que fizessem transferências bancárias com valores entre R$ 3 mil e R$ 16 mil, ameaçando expor a intimidade da vítima a familiares, esposas ou companheiras, empregadores e pessoas próximas”, informou, em nota, a Polícia Civil do DF.

“Os criminosos, ainda, para vencer a resistência das vítimas em realizar as transferências bancárias, encaminhavam dados pessoais obtidos ilicitamente por meio de dark web, tais como nome, endereço, filiação, profissão, entre outros”, diz a nota.

No Distrito Federal, os dois suspeitos se apresentavam como atores cariocas por meio de anúncios digitais, publicados em ao menos cinco sites. A intenção era persuadir e prospectar clientes de alto poder aquisitivo, entre eles empresários e servidores públicos do alto escalão.

Segundo a Polícia Civil, os presos responderão pelos crimes de extorsão, ficando sujeitos a uma pena de até 15 anos para cada vítima identificada.

No caso, o crime é agravado por ter sido cometido em conluio por duas pessoas. Como a polícia não divulgou o nome dos suspeitos, não foi possível contato com a defesa deles.

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