EVITE ACIDENTES NAS FÉRIAS
Vai aproveitar a água com a família nas férias? Veja cuidados necessários com as crianças para evitar acidentes e afogamentos
Os afogamentos são a segunda maior causa de morte de crianças com até 14 anos e sétimo motivo de hospitalização por motivo acidental; leia maneiras de aumentar os cuidados
Última atualização: 27/12/2023 18:13
As férias escolares e os recessos nas empresas já começaram. Ir à praia com a família, ou aos locais com água, é um dos programas favoritos das pessoas durante o verão. Entretanto, é preciso tomar um cuidado especial com as crianças, que podem acabar sofrendo acidentes graves.
Os afogamentos são a segunda maior causa de morte de crianças com até 14 anos. É também o sétimo motivo de hospitalização dos pequenos, de forma acidental. Nesta quarta-feira (27), as buscas por uma menina de 4 anos que teria caído em um açude foram encerradas e ela ainda não foi encontrada, em Santa Catarina. Ainda hoje, um menino de 3 morreu após se afogar também em um açude, em Ivoti.
A fatalidade acontece de forma rápida, em um piscar de olhos. Dois minutos embaixo da água e a criança perde a consciência. Em quatro minutos, os danos no cérebro podem ser irreversíveis. Com 4 anos, os pequenos possuem a cabeça mais pesada que o corpo e não têm força para saírem da situação sozinhas. Elas podem se afogar, inclusive, após caírem em locais com até 2,5 centímetros de água.
Por isso é tão importante a supervisão constante das crianças, principalmente as mais novas, ainda mais em locais que há água, mesmo que seja uma piscina considerada rasa. Veja algumas maneiras de como garantir ainda a segurança delas durante as brincadeiras dentro da água, ou perto dela, pela ONG Criança Segura.
Supervisão constante
É muito importante que os locais mais rasos não sejam subestimados. Crianças, independente, não devem ficar sem supervisão, principalmente perto de água.
Educação
Eduque os pequenos para que saibam que nadar sem um adulto é perigoso. Outro ensinamento muito importante é que eles não podem correr em volta de piscinas, ou empurrar os amigos na água, e muito menos fingir que estão se afogando.
Colete salva-vidas
Usar os equipamentos de segurança é imprescindível. O colete salva-vidas é o mais importante e seguro para evitar afogamentos.
Cuidado com as boias
Elas podem passar uma falsa sensação de segurança, mas é preciso cuidar o uso das boias com as crianças, pois podem virar a qualquer momento, fazendo com que elas fiquem de cabeça para baixo e se afoguem.
Sempre tenha um telefone próximo
Caso um acidente aconteça, ter o celular próximo pode agilizar o salvamento da criança. Em qualquer emergência é importante ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no 192, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193.
Aulas de natação?
Caso o pequeno queira fazer aula de natação, leve-o em um local qualificado. Adultos responsáveis que não sabem nadar também devem aprender.
Não deixe de supervisionar a criança que sabe nadar
Pessoas que acham que sabem nadar também se afogam. Não é porque a criança sabe, que deve ser deixada sozinha.
Afogamentos acontecem em qualquer local com água
Quando se fala de afogamentos, muito é remetido aos rios e piscinas. Porém, qualquer recipiente, como o vaso ou um balde com água, que esteja com até 2,5 centímetro de líquido pode causar o acidente, chegando até ao óbito.
Cuidados especiais:
-
na piscina
Um meio de tornar as piscinas um pouco mais seguras, é instalar cercas que tenham no mínimo 1,5 metro de altura, um portão com cadeado ou travas de segurança. Diminui, mas não elimina o risco.
Outro fator importante é não deixar brinquedos, ou pertences que possam atrair a criança, perto dela.
- águas abertas, como rios, lagos, praias, represas, açudes, etc...
É preciso ter certeza que os pequenos estão nadando em áreas naturais seguras para banho. Outra dica é ensinar as crianças sobre a importância das placas e a respeitá-las, principalmente as de proibição. Ensine sobre os guarda-vidas, como chamá-los, e a verificarem minimamente se as águas abertas estão boas para uso.
- locais domésticos
Uma coisa simples, mas que pode salvar a vida de uma criança, é deixar os baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis viradas para baixo, completamente vazias, após o uso.
A porta do banheiro e do local onde ficam os produtos de limpeza, máquinas de lavar e baldes, deve ficar trancadas e os vasos sanitários precisam estar sempre fechadas. Seria ideal caso a tampa tivesse um sistema de segurança para bebês instalado.
E, obviamente, cisternas, tonéis, poços e quaisquer reservatórios de água domésticos devem ser mantidos sempre trancados, fora do alcance dos pequenos.