abc+

FIM DAS DORES?

"Última tentativa": Jovem com maior dor do mundo passa por nova cirurgia

Atualmente, a jovem toma o equivalente a 50 comprimidos de morfina, além de outros remédios, para tentar aliviar a dor; entenda o tratamento e quais os próximos passos

ico_abcmais_azul
Publicado em: 27/08/2024 às 17h:43 Última atualização: 27/08/2024 às 17h:43
Publicidade

A jovem Carolina Arruda pode estar próxima de dar mais um passo na jornada para a diminuição das dores, no que chamou de “última tentativa”, nas redes sociais. Ela sofre com a neuralgia do trigêmio bilateral, considerada a maior dor do mundo pelos especialistas, que não tem cura.

LEIA MAIS: O que é neuralgia do trigêmeo? Entenda doença de jovem que fez vaquinha para eutanásia

Carolina Arruda, a jovem que tem a maior dor do mundo, passa por mais uma cirurgia | abc+



Carolina Arruda, a jovem que tem a maior dor do mundo, passa por mais uma cirurgia

Foto: Redes Sociais/Reprodução

CONFIRA: Ana Maria Braga testa positivo para covid-19 pela terceira vez e se afasta do Mais Você

Em julho deste ano, Carolina viralizou ao abrir uma vaquinha para conseguir uma eutanásia, na Suíça. A história chamou muita atenção, não apenas do público, mas também do doutor Carlos Marcelo da Cruz, especialista em cuidados paliativos para a dor, presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed) e Diretor Clínico da Santa Casa de Alfenas.

Ele se sensibilizou com a história dela, que sofre há mais de 10 anos com dores insuportáveis. Desde então, Carolina está passando por diferentes procedimentos, cirúrgicos e não, na instituição em que ele é diretor. O hospital fica em Minas Gerais.

FIQUE DE OLHO: Entidades e empresas alertam para versões falsificadas de Ozempic e Mounjaro

Por que é a “última tentiva”?

Em um vídeo publicado nas redes, Carolina afirma que a bomba de morfina é a última tentativa entre os tratamento. “Esta é a minha última tentativa de cirurgia.”

“São duas cirurgias bem arriscadas”, disse sobre o que seriam os próximos passos. Isso porque os planos, que ela chama de C e D, se tratam da descompressão microvascular e da nucleotractomia.

Ambas são “cirurugias de crânio aberto”, conforme Carolina, que podem deixar sequelas. E a primeira, ela afirma já ter feito anteriormente.

A jovem também pontua que, no caso dela, os riscos são ainda maiores. “No meu caso, é ainda mais complexo, porque eu já não tenho mais a minha anatomia natural. Já mecheram na minha cabeça e já mudaram a anatomia.”

VEJA: Emagrecer, desinflamar e previnir envelhecimento: Conheça o suchá vermelho e os benefícios

Bomba de morfina equivalente a 50 comprimidos por dia

Há 10 dias, no dia 10 de agosto, Carolina implantou uma bomba de morfina que contém uma espécie de mangueira, que leva o medicamento até a medula da jovem, atuando diretamente na dor. 

Ela pode aumentar a dose do remédio quando sentir que é necessário. Tudo que ela precisa fazer é apertar um botão em um pequeno controle remoto, que controla a bomba.

Enquanto está internada, ela também está ligada a outra bomba que libera os remédios quetamina e lidocaína, além de estar sendo medicada com metadona a cada 8 horas. Tudo visando a diminuição das dores.

Até esta terça-feira (27), a bomba de morfina está liberando 800 microgramas do medicamento por dia, equivalente a 50 compromidos do medicamento oral.

FIQUE POR DENTRO: Limonada com lavanda para desinchar o corpo? Saiba como fazer

Alta nesta semana

Ela pode ganhar alta da internação já nesta sexta-feira (30), conforme contou nas redes sociais, mas o corpo precisa ficar sem a bomba de quetamina e lidocaína. O equipamento está sendo usado por ela apenas enquanto continua no hospital.

“A ideia é que dê para retirar isso aqui [bomba de quetamina e lidocaína] e também a metadona injetável, passar para a metadona neural, e eu ficar apenas com os eletrodos e a bomba de morfina”, contou nas redes sociais, em um vídeo postado nesta terça-feira (27).

ENTRE NA NOSSA COMUNIDADE NO WHATSAPP

Outras tentativas até então

Nas redes sociais, Carolina Arruda conta da rotina, dos procedimentos e atualiza os seguidores sobre a vida e a condição das dores.

O doutor Carlos Marcelo da Cruz traçou os 4 planos para tentar encontrar uma forma de diminuir as dores e trazer de volta a qualidade de vida de Carolina. 

O primeiro passo foi o de “dessensibilização” do cérebro dela para a dor, com o intuito de aumentar as chances dos próximos planos darem certo.

E então ela implantou neuroestimuladoes, na primeira cirurgia do gênero para neuralgia do trigêmeo do mundo, de acordo com ela, por conta da forma que foi feita.

Eletrodos foram implantados na clavícula e nas costas, que auxiliam na diminuição da dor. Assim como na bomba, quem comanda os estímulos é a própria Carolina, com um controle que é um aplicativo no celular.

Mas isso não impediu que ela continuasse tendo crises. Agora, ela espera que a última tentativa, a bomba de morfina, seja a resposta para o final das dores.

Atualmente, a vaquinha de Carolina Arruda já arrecadou R$ 140.329,53 em doações. O valor total que ela busca é de R$ 150 mil.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade