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POLÍTICA

TSE começa a julgar recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade nesta sexta; relembre o caso

Defesa tenta reverter a pena que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos

Joceline Silveira
Publicado em: 21/09/2023 às 09h:12 Última atualização: 21/09/2023 às 09h:38
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia nesta sexta-feira (22) o julgamento de um recurso, protocolado pela defesa de Jair Bolsonaro (PL), contra a decisão que condenou o ex-presidente à inelegibilidade por oito anos.

Bolsonaro foi condenado pela Corte por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por conta da reunião com embaixadores estrangeiros, em 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada.

Jair Bolsonaro | Jornal NH



Jair Bolsonaro

Foto: Carolina Antunes/PR

Na ocasião, o então presidente questionou a segurança e a eficácia das urnas eletrônicas colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral brasileiro. A reunião foi transmitida pela TV Brasil.

O PDT questionou a legalidade desse encontro, e o tribunal reconheceu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Na época, a defesa de Bolsonaro argumentou que a reunião ocorreu antes do período eleitoral e quando Bolsonaro ainda não era oficialmente candidato à Presidência. Portanto, segundo a defesa, a punição adequada deveria ser apenas uma multa, e não a declaração de inelegibilidade.

Recurso

A defesa do político tenta reverter a decisão através dos chamados “embargos de declaração”, um tipo de recurso que questiona pontos que acreditam (defesa) não terem sido esclarecidos pelos ministros ao apresentarem seus votos.

O recurso será analisado pelo TSE no plenário virtual até as 23h59 de 28 de setembro. Nesta modalidade, não há reunião presencial e os ministros apenas inserem os seus votos no sistema digital.

Julgamento

O julgamento para tornar Bolsonaro inelegível precisou de quatro sessões e terminou com o placar de 5 a 2 contra o ex-presidente.

Somente os ministros Raul Araújo e Nunes Marques foram contra a inelegibilidade. Cármen Lúcia, André Tavares, Floriano Marques, Benedito Gonçalves e Alexandre de Moraes foram favoráveis.

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