O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio, revogou a ordem de prisão do ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez na Operação Disclosure, investigação sobre fraudes de R$ 25,3 bilhões na varejista. Em junho, o executivo chegou a ser detido em Madri, mas logo em seguida foi colocado em liberdade pela Justiça da Espanha, após entregar seu passaporte. Agora, o mandado de prisão foi oficialmente derrubado pela Justiça brasileira e assim o nome do ex-CEO deve ser retirado da lista de Difusão Vermelha da Interpol.
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Segundo os investigadores da Operação Disclosure, Gutierrez teve envolvimento direto nas fraudes que vitimaram as lojas Americanas, “vez que participava do fechamento dos resultados” da varejista. Ele tinha a palavra final sobre os números supostamente inflados levados ao Conselho de Administração e ao mercado, diz a PF.
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A defesa do ex-CEO afirma que ele “jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude”. “A defesa nega veementemente a participação de Miguel Gutierrez em qualquer fraude ou prática de atos para ocultar seu patrimônio, que se encontra estruturado de forma absolutamente lícita e transparente.”
A PF afirma ter encontrado provas que contestam a versão de Miguel Gutierrez, inclusive manuscritos que indicam “não apenas que ele de fato tinha conhecimento, como acompanhava de perto o principal mecanismo da fraude”.
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As anotações foram encontradas no iPad de Gutierrez e embasaram a PF no pedido de sua prisão preventiva, agora revogada.
Ainda de acordo com o inquérito, Gutierrez, a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali e outros ex-executivos da rede venderam R$ 287 milhões em ações antes que fosse anunciado, em janeiro do ano passado, o rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço da empresa devido a “inconsistências contábeis”.
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