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SANTA CATARINA

Saiba quem é a ex-mulher de autor do atentado em Brasília, suspeita de incêndio

Daiane foi quem revelou, em depoimento à Polícia Federal, que o plano de Tiü França era assassinar o ministro Alexandre de Moraes

Publicado em: 17/11/2024 às 19h:47 Última atualização: 17/11/2024 às 20h:19
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Daiane Dias, de 41 anos, ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França – responsável pelo ataque a bombas na Praça dos Três Poderes -, sofreu queimaduras após a casa do ex-marido ser incendiada na manhã deste domingo (17) em Rio do Sul, Santa Catarina.

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Casa do autor de ataque no STF pega fogo em Santa Catarina



Casa do autor de ataque no STF pega fogo em Santa Catarina

Foto: CBMSC

Encaminhada ao hospital, ela é apontada pela Polícia Civil como a principal suspeita de ter provocado o incêndio durante uma tentativa de tirar a própria vida. A Polícia Federal informou que assumirá a investigação.

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“Os fatos atinentes ao incêndio estão sendo apurados pela Polícia Civil e a principal hipótese até então verificada é a de tentativa de suicídio por parte de Daiane Dias, 41 anos, ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiü França”, pessoa envolvida recentemente nos episódios ocorridos em frente ao Supremo Tribunal Federal”, afirmou a Polícia Civil em nota enviada ao Estadão.

Foi Daiane quem revelou, em depoimento à Polícia Federal na última quinta-feira (14), que o plano de Tiü França era assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Em entrevista à GloboNews, Daiane também confirmou que disse aos agentes da PF em Santa Catarina que Francisco Wanderley chegou a realizar pesquisas no Google para planejar o atentado. Ela contou ainda que, ao receber os registros das pesquisas feitas pelo ex-marido, o questionou: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, confirmou as declarações feitas por Daiane, mas ressaltou que a investigação ainda apura se o alvo era, de fato, o ministro do Supremo. “O que posso dizer é que nossa equipe já está em campo coletando informações para que a gente traga a maior quantidade possível de informações e provas para que possamos, em curto espaço de tempo, trazer uma resposta definitiva sobre o episódio”, disse.

SOBRE O CASO: Quem era o homem que causou explosão e morreu em Brasília; inspeção no Palácio do Planalto não encontra novas ameaças

Segundo o 15º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina, a ocorrência foi registrada por volta das 7h. A residência, com 50 metros quadrados, foi parcialmente destruída pelas chamas, e foram necessários cerca de oito mil litros de água para controlar o incêndio.

De acordo com o boletim do batalhão de Bombeiros, Daiane sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau em 100% do corpo, e foi retirada do local por vizinhos. “A causa do incêndio só é confirmada após o trabalho de perícia, que se for acionado pelo dono do imóvel, pode levar até 30 dias para o laudo”, diz a nota dos Bombeiros. A Polícia Civil informou ao Estadão que agentes permanecem no local realizando diligências.

Na esquina do terreno onde houve o incêndio há um outdoor anunciando os serviços do “Chaveiro França”, que era o nome usado por Francisco Wanderley Luiz na cidade catarinense. Ele foi candidato a vereador em 2020, pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas obteve apenas 98 votos e não se elegeu.

Relembre o caso

França foi encontrado morto após uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes, no início da noite da última quarta-feira (13). O homem de 59 anos estava na capital federal há três meses, e alugou uma casa em Ceilândia, no entorno de Brasília, onde também foram encontrados explosivos.

VEJA: Vídeo mostra momento em que explosões acontecem na Praça dos Três Poderes

No dia do atentado, Wanderley tentou acessar o Supremo Tribunal Federal (STF) com explosivos e, momentos antes, entrou na Câmara dos Deputados, acessando o Anexo IV e um banheiro da Casa. Cerca de uma hora antes das explosões, ele publicou em suas redes sociais críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos presidentes da Câmara e do Senado.

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