Demétrius Oliveira de Macedo, procurador que espancou a chefe dentro de uma prefeitura no interior de São Paulo, apresenta episódios de frangofilia. O laudo foi emitido um mês após a perícia atestar que o agressor possui quadro psiquiátrico compatível com esquizofrenia paranoide. Os documentos foram emitidos pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc).
O médico psiquiatra Fellipe Miranda Leal disse ao G1 que o termo “frangofilia” remete ao comportamento de quebrar compulsivamente as coisas, e também está relacionado a outros transtornos.
Se trata de episódio psicótico em que a pessoa pode quebrar ou estilhaçar objetos, sobretudo roupas, travesseiros ou colchões. A frangofilia não é considerada doença, tampouco é a apresentação de algum diagnóstico. “Trata-se apenas da descrição de uma manifestação que, em geral, reflete um importante descontrole emocional”, salienta o médico.
Na Penitenciária de Tremembé, ainda conforme o portal, Macedo pegou o estrado da cama e bateu contra a porta da cela em novembro do ano passado. No dia seguinte, quebrou a pia e o prato de alimentação dentro da cena.
Esse comportamento mais acentuado de impulsividade é comum de ser observado em transtornos de personalidade, como boderline e antissocial, de acordo com Leal. “Nestes casos, de transtornos de personalidade, além de frangofilia também é possível que ocorram episódios de autoagressividade e heteroagressividade [conduta agressiva ao mundo externo, contra outras pessoas ou elementos].”
Pessoas diagnosticadas com esquizofrenia também podem apresentar comportamento frangolífico, mas não é específico da condição. “Ao contrário, é mais comum ser observado em outros transtornos.”
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