TENTATIVA DE GOLPE

Saiba como Bolsonaro reagiu após divulgação de relatório da PF

Ex-presidente admitiu que um estado de sítio foi considerado durante o fim de seu mandato

Publicado em: 27/11/2024 11:35
Última atualização: 27/11/2024 11:36

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) republicou na terça-feira (26), um vídeo nas redes sociais em que aparece tomando caldo de cana em um bar e rindo. A postagem ocorreu logo após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornar público o relatório da Polícia Federal que aponta o ex-chefe do Executivo como líder de uma tentativa de golpe de Estado.

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Bolsonaro Foto: Reprodução/Redes sociais

Na gravação, publicada originalmente em um dos perfis dele três dias atrás, Bolsonaro aparece sentado no balcão de um boteco, com a camisa do Santos, quando um homem pergunta: "E aí presidente, como é que está o caldo de cana?."

O ex-presidente responde: "De graça, está excelente."

Em seguida, ele dá uma risada descontraída para a câmera, enquanto a cena é acompanhada de textos exibindo "hahaha" espalhados pela tela.

Bolsonaro, que chegou a Brasília na segunda-feira (25), admitiu que um estado de sítio foi considerado durante o fim de seu mandato, mas negou participação em qualquer plano de golpe.

Ele classificou as acusações como "coisa séria" e afirmou que uma ruptura institucional não seria liderada por "um general da reserva e meia dúzia de oficiais".

O que diz o relatório da PF sobre tentativa de golpe

Segundo a PF, a investigação mostrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro "planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade".

O relatório da PF aponta ainda que Bolsonaro tinha apoio de oficiais de alta patente, mas enfrentou resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. A investigação levou ao indiciamento de 25 militares, incluindo sete generais.

O caso agora está com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode oferecer ou não uma denúncia ou ainda solicitar novas diligências.

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