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MISTÉRIO

"Vou atrás do meu filho até o fim": Somem restos mortais de bebê sepultado há 14 anos em cemitério do Vale do Sinos

Fabiano Moreira Nunes denuncia o desaparecimento dos restos mortais de seu filho

Giordanna Vallejos
Publicado em: 26/11/2023 às 20h:58 Última atualização: 26/11/2023 às 20h:59
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Ao prestar homenagem no túmulo de seu filho na manhã do Dia de Finados, o consultor de segurança, Fabiano Moreira Nunes, teve uma surpresa desagradável: não encontrou mais a sepultura e nem os restos mortais de Bruno Moreira Nunes. O menino estava há 14 anos enterrado no Cemitério Municipal de Estância Velha, no Vale do Sinos. Ele faleceu aos quatro meses devido a um problema no coração.

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Fabiano, que mora atualmente em Caxias do Sul, diz que pagou pela sepultura e que fazia a manutenção constantemente.“Eu ia a cada três meses ver o túmulo, tanto que o coveiro já me conhecia. Quando fui prestar uma homenagem no dia de Finados, às 10 horas, vi que tiraram a sepultura dele. O coveiro me disse que foram ordens da administração”, relata.

Ele alega que nenhum membro da família foi avisado que os restos mortais e a sepultura seriam removidos. Inicialmente, ninguém sabia informar onde estariam os restos mortais. Porém, após alguma insistência, o pai recebeu a informação de que encontraram o corpo do menino, que poderia ser identificado pela roupa.

Devido a tanto tempo que estava enterrado, Fabiano questiona a possibilidade de identificação por vestimentas e solicitou um teste de DNA com urgência. O pedido foi realizado em uma reunião ocorrida no dia 24 de novembro na prefeitura.

Município oferece apoio psicológico e teste de DNA 

Em contrapartida, a administração municipal explica que os restos mortais foram removidos para o ossuário, mas não deu detalhes sobre o caso. “Estamos atentos a esta questão e solidários à família. Nos colocamos à disposição para atender e também fazer o teste de DNA, caso seja necessário”.

A prefeitura informou ainda que o funcionário responsável pelo Cemitério Municipal foi exonerado e que um processo administrativo disciplinar foi aberto para apurar possíveis imprecisões procedimentais. A prefeitura também ofereceu acompanhamento psicológico aos familiares.

Danos emocionais

Apesar das demandas estarem sendo atendidas, os danos emocionais causados são profundos, pois a situação desenterrou o luto e a dor da perda de uma criança. “Estou a base de remédio para poder dormir. Vou atrás do meu filho até o fim, é muito triste ter que reviver tudo isso que já passou, volta todo o trauma. Só quero que isso não aconteça mais e, o principal, saber o paradeiro dos restos mortais do meu filho, que era um bebê”, comenta Fabiano, abalado com o acontecido.

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