A clínica clandestina onde três idosos foram encontrados em condições degradantes nesta terça-feira (27) foi interditada pela Vigilância Sanitária. Conforme a prefeitura de Taquara, foram identificadas diversas irregularidades no local, como lixo espalhado dentro da residência e na área externa, más condições de higiene e limpeza, além de falta de acessibilidade.
A ação foi feita em conjunto com a Polícia Civil, que prendeu a proprietária em flagrante por maus-tratos. O lar irregular está localizado no bairro Medianeira, nas proximidades da RS-239.
“Ao chegar no lar, vimos essa situação degradante. Havia três idosos instalados, em uma forma bem precária. Imediatamente fizemos a autuação e este local agora está interditado, até que haja a devida regularização”, explica o coordenador da Vigilância em Saúde do município, Mário Dias.
Nesta tarde, a prefeitura disse que os idosos seriam encaminhados para atendimento médico na Unidade Básica de Saúde Central para uma avaliação. Depois, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania faria o contato com os familiares para buscá-los.
Responsável pelo local foi presa
Uma mulher de 63 anos foi presa em flagrante nesta manhã, durante a fiscalização, por manter os idosos na clínica clandestina. Dois dos moradores disseram às autoridades que eram obrigados a trabalhar.
Mulher que mantinha clínica clandestina em Taquara é presa
Polícia Civil
Mulher que mantinha clínica clandestina em Taquara é presa
Polícia Civil
Mulher que mantinha clínica clandestina em Taquara é presa
Polícia Civil
Mulher que mantinha clínica clandestina em Taquara é presa
Polícia Civil
Após receber uma denúncia anônima, a Vigilância Sanitária e a Polícia Civil foram até o local nesta manhã, onde estavam os residentes, uma mulher de 86 anos e dois homens, de 60 e 62 anos. A mais velha morava no local há mais de 14 anos.
A presa morava na parte na frente e os internos, nos fundos. A mulher tinha a curatela e era a responsável legal pelos três. Inclusive, estava com seus cartões bancários. Dentro da casa dela, foi achado dinheiro em espécie. Segundo a Polícia, ela não tinha parentesco com nenhum deles.
Em conversa com os internos, a Polícia Civil confirmou que o banheiro, que não funcionava nesta manhã, já estava estragado há mais tempo.
A residente de 86 anos, que precisa de cuidados para tomar banho, por exemplo, era ajudada por um dos internos. Os idosos relataram à Polícia que uma cuidadora ia ao local somente uma vez por mês para ajudá-los e fazer a limpeza.
Os três estavam sentados à beira de uma mesa do lado externo quando as equipes chegaram ao local. Eles disseram que todas as refeições eram feitas lá.
Além disso, os homens relataram que faziam trabalhados de roçada nos fundos do terreno, a mando da dona da casa. No local, havia entulho espalhado nesta manhã. Questionados, disseram que não recebiam nenhum valor por realizar o serviço. “Nada. Pelo contrário, nós pagamos um salário para trabalhar aqui”, disse um dos idosos para a Polícia.
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Maus-tratos entre os crimes
A Polícia ainda esclarece que, além da autuação da responsável pelo local e interdição do espaço, está sendo apurada eventual irregularidade no que diz respeito a acesso a medicamentos controlados por parte da mulher.
Ela foi autuada pelo crime de maus-tratos e retenção de documentos, previsto no código penal e estatuto do idoso.
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