Diego Gabriel da Silva, de 30 anos, foi visto comprando lonas, pás e enxadas no dia em que seu sócio, o empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, 41, desapareceu. Ele é o principal suspeito pelo homicídio de Melo, que foi encontrado morto no último domingo (11).
A imagem de uma câmera de segurança, cedida pela Polícia Civil, mostra o homem dentro de uma madeireira em Santo Antônio da Patrulha às 15h15 do dia 2 de junho.
Nesta terça-feira (13), a delegada Marcela Ehler, da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Novo Hamburgo, responsável pelo caso, afirmou que o empresário de Minas Gerais passou por Dois Irmãos horas antes naquele dia. Ele visitou a revenda do parceiro comercial. Às 13h10, foi visto em um posto de combustível em Taquara.
O que se sabe sobre o caso
Melo decidiu vir ao RS na quarta-feira do dia 31 de maio para cobrar uma dívida do parceiro comercial. Ele se hospedou em Novo Hamburgo.
No dia 2 de junho, o empresário visitou Silva em Dois Irmãos e foi visto em Taquara, a caminho de Santo Antônio da Patrulha. Melo tirou uma foto dentro de um carro e postou nos stories do Instagram.
Gustavo Dido, amigo da vítima, disse que Melo já mostrava desconfiança quando conversou com o empresário por telefone na manhã em que sumiu. Outro amigo, Paulo Damasceno, mineiro que mora no RS, também falou com a vítima naquele dia. Os dois pretendiam se reencontrar no fim de semana.
A família de Melo fez o boletim de ocorrência no dia 3. As buscas contaram com cães farejadores e aeronave. No domingo do dia 4 de junho, Silva foi preso temporariamente pelo crime. Posteriormente, a prisão foi convertida para preventiva pela Justiça. Um segundo suspeito foi preso no último sábado (10). Conforme a Polícia, tudo indica que eles se encontraram na cidade onde o crime aconteceu.
O corpo de Melo foi encontrado em uma propriedade rural no domingo. O cadáver estava uma área de mata de Santo Antônio da Patrulha em meio a folhas e telhas próximo a um barranco. Em coletiva de imprensa realizada na segunda (12), a Polícia disse que acredita que os autores do crime pretendiam enterrar Melo no local, visto que lonas, pás e enxadas foram compradas.
A investigação aponta que o empresário foi levado até aquele ponto e executado. Ele teria sido morto após as 16 horas com ao menos nove tiros – um na cabeça e os demais nas costas. Um laudo da perícia vai precisar a quantidade exata de disparos.
O corpo da vítima foi levado para Minas Gerais ainda no fim de semana, após o reconhecimento da família. O velório e o enterro ocorreram entre a manhã e o início da tarde desta terça em Belo Horizonte.
A dívida de Silva com Melo, estimada em R$ 5 milhões pela Polícia, é o foco da nova fase da investigação da morte de mineiro.
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