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VÍDEO: Ressacas destroem mais uma parte da Plataforma Marítima de Atlântida

Parte do restaurante da plataforma cedeu oito meses após os primeiros desabamentos da estrutura no mar

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Publicado em: 17/05/2024 às 15h:53 Última atualização: 17/05/2024 às 15h:54
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A Plataforma Marítima de Atlântida passou por mais um episódio difícil nesta quinta-feira (16). Uma parte do restaurante do píer cedeu por conta das ressacas do mar em Xangri-lá, oito meses após um pedaço da área ter desabado junto ao braço norte

Estrutura em que ficava o restaurante estava em observação desde os primeiros desabamentos, em outubro de 2023 | abc+



Estrutura em que ficava o restaurante estava em observação desde os primeiros desabamentos, em outubro de 2023

Foto: Redes Sociais/Reprodução

Confira o vídeo da estrutura da Plataforma Marítima de Atlântida:

A estrutura em que ficava o restaurante estava em observação desde os primeiros desabamentos, em 15 de outubro de 2023. Por volta do meio-dia de quinta, ela desabou no mar. Ninguém se feriu.

“Da região do restaurante deve ter ficado 20% apenas, o resto foi para a água”, afirmou José Luis Rabadan, presidente da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama).

O local já estava interditado pela Justiça Federal após acatar em parte um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que visava garantir a segurança das pessoas que pudessem transitar no local.

Foi exigido que a Asuplama, a prefeitura de Xangri-Lá e o governo federal providenciassem um bloqueio total de acesso à área onde o restaurante se encontrava, assim como dos escombros.

Além disso, ninguém deve permanecer em qualquer ponto do píer em momentos de ressaca marítima ou outros eventos da natureza, como ciclones e ventos fortes.

Todos os funcionários que trabalhavam na plataforma já haviam sido demitidos, conforme Rabadan, restando apenas uma pessoa que ficava na portaria e que, na tarde de quinta, quando o fato aconteceu, não estava no local.

Laudo ainda não está pronto

Poucos dias após os primeiros desabamentos, a Asuplama conseguiu um laudo, feito pelo engenheiro responsável, que atestava a integridade do trecho.

O documento foi entregue ao Corpo de Bombeiros Militar de Capão da Canoa, que atende Xangri-Lá, e atestou que os primeiros 70 metros da estrutura, desde a areia até o pedaço que avança sobre o mar, chamado de Espigão, poderiam ser liberados para os usuários.

Entretanto, o MPF pediu pelo bloqueio do acesso à estrutura e, após uma reunião entre as partes, ficou decidido que a prefeitura do município entregaria um laudo total da plataforma, verificando as condições da estrutura tanto abaixo quanto acima d’água.

Para isso, o Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme), ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufgrs), foi contratado pelo órgão. A prefeitura de Xangri-lá afirma que o contrato foi oficializado apenas no dia 2 de março deste ano e que a instituição tem o prazo de 6 meses para entregar o documento. Por outro lado, o presidente da Asuplama afirma que o relatório deveria ter sido entregue no final de abril deste ano, mas que, até o momento, não tem nenhuma informação sobre o assunto.

Uma reunião foi agendada, em dezembro do ano passado, para o dia 1º de março de 2024, para tentar uma conciliação na Vara Federal de Capão da Canoa. A Asuplama não participou, já que era apenas entre a prefeitura e a Ufrgs. No encontro, foram feitos os ajustes do termo de convênio.

“Diante das enchentes que ocorreram em nosso Estado, sistema do governo estadual foi afetado, por isso a demora em algumas das partes”, afirmou a prefeitura. Segundo eles, o Diário Oficial e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) estão fora do ar.

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