ABC NAS RUAS

VÍDEO: Moradores em situação de rua dormiam sob viaduto no momento de incêndio na BR-116

Incêndio foi registrado por volta das 7 horas, conforma o Corpo de Bombeiros

Publicado em: 09/09/2024 11:48
Última atualização: 09/09/2024 11:48

Um incêndio de grades proporções destruiu um espaço ocupado por moradores em situação de rua sob o viaduto da BR-116 com a Avenida João Corrêa, em São Leopoldo. No momento do incêndio, cinco pessoas dormiam no local, mas nenhuma ficou ferida.

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Incêndio em viaduto na BR-116 Foto: Isaias Rheinheimer/GES-Especial

O incêndio foi registrado por volta das 7 horas, conforma o Corpo de Bombeiros. A proporção das chamas e a fumaça oriunda do incêndio dificultaram o trânsito de veículos pelo local por aproximadamente 40 minutos. Uma coluna densa de fumaça escura praticamente encobriu o viaduto e tirou praticamente toda a visibilidade do motoristas, que precisaram redobrar a atenção ao passar pelo trecho.

Morador foi parar embaixo do viaduto após a enchente

Um dos moradores em situação de rua que estava no local é Ezequiel Silveira de Almeida, 48 anos. Ele, que trabalha com reciclagem, estava dormindo em uma barraca quando foi acordado pelo barulho do fogo que atingiu o espaço ao lado. “Acordei com a lona da minha barraca derretendo. Tive que fazer um furo na lona no lado oposto de onde vinha o foco de incêndio para conseguir sair. O fogo estava próximo e o calor era muito forte”, explica.

Almeida conta que está residindo sob o viaduto há cerca de quatro meses, depois que a enchente de maio destruiu sua casa em uma vila do bairro São Miguel, nas imediações do condomínio Charrua. A opção de morar na rua não é o que o reciclador que para sua vida.

Incêndio em viaduto na BR-116Corpo de Bombeiros
Incêndio em viaduto na BR-116Isaias Rheinheimer/GES-Especial
Incêndio em viaduto na BR-116Isaias Rheinheimer/GES-Especial
Incêndio em viaduto na BR-116Isaias Rheinheimer/GES-Especial


“Não tinha para onde ir, e os abrigos estavam todos cheios. Estou tentando reconstruir minha casa, tudo que quero é voltar para lá. Não tem como viver aqui, estou aqui por necessidade”, avisa.

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